A minha poesia  
Gruda minhas paixões  
Aquelas mesmas que me pegam de jeito  
Que me mudam o rumo  
Que me partem  
Se partem  
Ficam  
Vão  
(de ir embora,  
o verbo que se vai,  
nunca é aquele  
que não vale a pena).  
 
A minha poesia  
Se rende sempre ao todo  
Do meu jeito fácil  
De me apegar  
Apaixonar  
Correr  
Lutar  
E voltar atrás  
E voltar  
Voltar...  
Pois sou assim  
Aquele que se apaixona.  
 
A minha poesia  
Esquece os trancos  
Barrancos  
Se entrega ante a minha entrega,  
À minha entrega  
Cola na pele  
Rasga  
Conserta  
Enxerta  
Salta.  
 
A minha poesia teima  
Em ser assim  
Sem revisão  
Com sobras  
Sem tempo  
Com desleixo  
Sem fuga  
Com jeito  
 
A minha poesia  
Fala demais  
Prolixa!  
Mesmo quando (nesse segundo)  
Só queria falar de saudade.
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E chegou a última quarta-feira de novembro e a minha saudade daqui vai ficar.
Foi uma honra participar desta constelação de versos.
 
 
 
5 comentários:
a minha também é assim, sai em jorro.
linda estadia, beanes, foi um prazer ter vc com a gente
bjs!
Acho que por vezes é assim,quando o "assunto" é saudade...
Bonito.
:)
saudade sentiremos de vc e sua poesia, beanes! ;)
Me identeifiquei, pois a minha poesia também é meio assim, sem cortes, sem revisões, sem rascinhos e copiões.
Abraços. E obrigado por colorir nosso espaço.
Gosto de escrever sobre o que é a poesia em mim... =)
Excelente, mr Beanes!
Também sentiremos saudades! Mas vamos marcar de nos visitar mais vezes... =)
Nao deixe de escrever! =P
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