Amar-te foi encontro de mares
Mergulhei em tuas águas
Aprofundei-me em mim.
Na calmaria de nossas águas
Deixei-me levar pelas marolas
Abandonei-me em teu movimento
E perdi-me de mim.
Os mares se desencontraram
e o colo de suas ondas
desapareceu.
Êxodo.
Senti as profundezas de nosso oceano
secas e sem vida.
Ressequei-me.
Desapareci.
Amar-te foi a morte.
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Keila Sgobi de Barros por J.F. de Souza:
Força. E sabedoria. Vejo isso em sua poesia sempre.
Em meio aos caminhos que essa moça segue, vejo a força
de quem pega cada pedra e faz delas
fogo, leite, sopa, pó, arma, abrigo, nada, tudo!
Tudo o que mandar sua sensatez - ou sua loucura, o que
melhor lhe couber na hora.
Sou fã declarado dessa menina, que me traz essa força e
sabedoria em sua poesia. E espero que todos possam apreciar também.
10 comentários:
belíssimo poema!! apesar da dor!... porque amar é impreciso!
7 Cabeças! Queridxs! Exemplos!
Gratidão!
<3
hei de amar-te
até a morte
- foi o que disseste
eu, que não entendia
nada
de morte
- e, talvez,
nada de amor -
me entreguei
até que
a morte
veio
e eu ainda não entendia
nada.
Profundezas da vida...
Forte.
Mortal.
Como os melhores venenos.
Amar é morte cotidiana. E vida. Algumas vezes mais viva. **Estrelas!!**
Lindo, Keila. Estou nessas profundezas a desaparecer...
Se a morte vem do amor
A sorte pode vir marte
O certo é que nalgum foguete
Algo pousa e algo parte
-
Salve salve, amiga!
Isso ficou bom, bro!
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