Minha música é a música do que vejo
que passam nos acordes trêmulos do meu violão
em combinações que resolvem o problema
de fazer tangível o que vive no coração
Minha poesia tenta fazer rima
e acaba sendo simplória pelo ão, ir e ar
que descem em cascata sem métrica pela folha
para renovar o ritmo de respirar
Minha visão sobre o mundo pode ser prática
Eu amo meus amigos, meus objetivos e isso me basta
Não vejo muita perfeição no que faço
A vela do meu barco, no entanto, eu não baixo
Com quatro quartetos entrei nos seus olhos
Para dizer que faço muito e não fiz nada de mais
Livro, ideia, música, voz, ando por tudo isso
Um dia posso até andar na direção do nunca mais.
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- por Luiz Guilherme Amaral
6 comentários:
Belo escrito, bro!
obrigada por tudo que faz.
que esse 'nunca mais' demore, demore.
É você, somos todos nós. ;)
Parafraseando Beethoven, uma rima "errada não faz diferença", mas uma poesia sem paixão é imperdoável. E vejo muita paixão por aqui.
Adorei, Luiz. :)
Caminhando e amando...
:)
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