quarta-feira, dezembro 08, 2010
Foi passeando pelas luzes que entrecortavam os agudos sonoros que você, por um minuto, ficou imóvel. Mas foi por aquele carnaval que você se mostou mais flor do que espinho, pois não havia nada que te faria vacilar e, talvez, não experimentar uma nova possibilidade de ser feliz. Esta, aliás, que você insiste em chancelar com as suas palavras sempre ornamentadas, quando me chama a atenção para alguma coisa que é sempre menos bela que uma borboleta, aquela mesma que quando você vê, rodopia mais rápido que o vento e volta a ser criança, ainda exibindo trancinhas. E qual é a sua cor? E qual é sabor que ainda fica na sua boca? E quantos planos ainda teremos para atravessarmos toda a história que nos reserva? Eu deixei de me lamentar pela ausência do calor no peito quando você me disse que as notas que soam em você são as mesmas que soam em mim, e que, de manhã, você gosta de abrir a cortina, ainda que não tenha a menor paciência em começar um dia. Um dia eu vou escrever na porta do seu armário meu poema favorito, assim, sempre que você abri-la, vai esquecer a roupa que quer vestir porque você novamente ficará imóvel pensando em como a gente dá tão certo junto. E você sabe que isso é verdade, senão não teríamos tantas palavras em comum no nosso cotidiano.
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Um comentário:
adoro "histórias" escritas a quatro mãos. adoro palavras (e sentimentos) em comum.
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