domingo, janeiro 31, 2010

*

brisa
leve
essa
dor
junto
com
você
agora
é o
que eu
mais
quero

sábado, janeiro 30, 2010

What if...

E se tudo for mesmo esse nada?
E se nada for tudo isso?
E se todo essa farsa
for parte de cada
passo
e eu não passasse
por isso?

...quanta economia de lágrimas
e sorrisos...

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Ferrugem

E nada do que eu queira,
É além de sobra e vão.
Costumo esconder-me
Tão longe e tão dentro
Que nem sei com sair.
Não ouso deixar pegadas
Detestaria ser pega.
Prefiro ser prego
Invadido por ferrugem e terra.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

relativo

eu peco pelo excesso
eu já começo no demais
ao menos,
para os meus sonhos pequenos,
o sucesso é em doses
desiguais

domingo, janeiro 24, 2010

Viciado

sinto a garganta
secar
de repente

a mente
em colapso

mil agulhas
pulsam
dentro do peito

e essa vontade
de novo





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sábado, janeiro 23, 2010

Parta!

Parta!
Leva sua tralha!
Seu jeito falho
de filhadaputa
não combina com minha pose de canalha.

Por isso parta,
não fique perto.
Sou muito esperto
pra essa porra.
Saia, fuja, corra, parta, morra!

Já disse: parta!
Fecha essa porta!
se finge de morta
e deixe estar!
Deixe seus olhos na sala de jantar...

sexta-feira, janeiro 22, 2010


não quero uma vida cristalina
preciso do embaçado
e do cheiro de dúvida

quinta-feira, janeiro 21, 2010

deleite&leitura




se Lenine
me faz
bem

Lerminski
me faz
bem mais

é sol
abrir
um livro

que
tanto
faz





quarta-feira, janeiro 20, 2010

Carmim

É a ausência que corrói meus dias. A lembrança do suor, o odor tatuado nas paredes. A idéia de ter um nome junto ao meu. Insanos fomos ao acreditar que tudo era ausente de data, hora, tempo. Nesse labirinto em que me encontro, escrevo os pensamentos que tive enquanto nós. Palavreado par, palavras que se escoram uma nas outras, mas não me valem porque sou ímpar. De mim escorre carmim. Vermelho que me cega. Dura sina da escolha imposta, do passos que não vou dar.

terça-feira, janeiro 19, 2010

baú

coleciono rimas
amenas
não para
(im)perfeitos poemas...
acumulo-as, apenas...
não para prendê-las
numa pequena estrofe
mas para aprendê-las
... serenas
- quando a poesia
foge

segunda-feira, janeiro 18, 2010

indefinito

eu amo em câmara lenta


no tempo do vácuo

na lentidão do vazio

no buraco do espaço

eu amo devorando o traço

do nada que resta

como o olho que ainda vê pelas frestas

uma estrela

que já apagou.

domingo, janeiro 17, 2010

Abóbora

era quase meianoite
eu já estava embriagado

covarde
fugi
com medo de me tornar
coisa pior

(eu sou mesmo um banana...)



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sábado, janeiro 16, 2010

Rotina

Te amo mais
quando estamos longe.
Não me leve a mal,
mas te amo mais, meu amor,
quando estamos longe.

Te amo mais quando a conta de luz
não interrompe nossa paz.
Quanda não falamos sobre dinheiro,
casa, carro, cachorro e etc. e tais.

Te amo muito mais, querida,
quando não se metem em nossa vida.
Quando família é apenas um álbum de retratos
e não um bando de gente comendo
e sujando nossos pratos.

Te amo mais quando somos sorrisos
e não rugas de preocupação.
Daí essa constatação
rude e até mesmo meio covarde:
Te amo mais quando somos saudade.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

dias de janeiro

dias de janeiro
me estranham

encontro-me
em outra esfera

uma incógnita
a ser revelada

um piscar
de aprendiz

seguro a mão
de quem me penetra

e sigo viagem


quarta-feira, janeiro 13, 2010

self

quando só,
gostava de sentir o cheiro
que as brincadeiras solitárias
exalavam.
roupantes nus
de uma solidão exemplar.

terça-feira, janeiro 12, 2010

f(r)esta

Do lado
de dentro
Do quarto
Engendro
um poema
Lavro a obra
do destino:
em rimas
falo

... Lá fora,
Sol a pino

segunda-feira, janeiro 11, 2010

limerique

só pode ser esculacho
chamar de barbicha de bode
um cabra
macho.


adorei o laout novo da Alhi! :D

domingo, janeiro 10, 2010

Revoada*

na folha
branca
nuvem
voam
palavras

um bando delas
em revoada
paira

graciosamente
em poesia



http://escuchameporra.blogspot.com

sábado, janeiro 09, 2010

the end

o fim de
uma noite
teu rastro em
meu corpo cálido
a tinta efêmera
de nossas poesias
despedaçando os
guardanapos que
caem no chão
da despedida

terça-feira, janeiro 05, 2010

... últimos presentes!

de: Moacir Caetano (http://moacircaetano.zip.net)
para: J. Rodolfo (http://ecosdiversos.blogspot.com)

Às vezes mínimo
(mas nem por isso
menos preenhe de significado).

Às vezes improvável
(embora o mais provável
é que me quede novamente embasbacado).

Às vezes rascunho,
Às vezes dicionário.
Suas citações e desaforismos
Passeiam pelos meus olhos
Em pula-pulas imaginários.

Sua poesia,
dotada de admirável estofo,
imprime-lhe no J. um quê de Rodolfo!

Feliz tudo, sempre, amigo agora não mais secreto!


de: J. Rodolfo (http://ecosdiversos.blogspot.com)
para: Juliana Caribé (http://juocaribe.blogspot.com)

Minha Amiga Secreta-Poeta é a Juliana Caribé, menina de textos precisos, , poemas concisos, versos diretos, retratos exatos. Se fosse só isto já teria sido uma surpresa encantadora, conhecer seus blogues (sim, são dois, um de poesia e outro de fotografia). Mas, além dos textos, suas fotos têm aquela coisa difícil de definir que a gente tantas vezes procura e raramente acha, em poesia e em arte de um modo geral, que é a captura de um momento: imagens precisas, como seus poemas. Foi esta característica das suas fotos (e de seus textos) que usei como ponto de partida para escrever o presente. Desejo a ela (e a todos os amigos do B7C) um Natal maravilhoso e um ano de 2010 cheio de bons momentos capturados nas lentes, nas retinas, na memória, no coração e na vida!

NA ESPREITA
para Juliana Caribé

olhar atento:
como queria
capturar o momento
em que ali,
na sua frente,
passasse o tempo!



de: Juliana Caribé (http://juocaribe.blogspot.com)
para: Adriana Karnal (http://anndixson.blogspot.com)

Doçura

Gosto dessa (tua) poesia
pequena:
cabe em risada de
criança.


de: Adriana Karnal (http://anndixson.blogspot.com)
para: Joana Masen (http://milongalamuria.blogspot.com)

Que o primeiro dia do ano seja cheio de trovões, relâmpagos.
Sim, que nos estremeça.
Que seja como uma paixão
que faz tremer e arrepiar.
Que o resto do ano seja como o amor
Que depois da tempestade
Sabe acalmar.
Que o ano que nasce seja paz.


~~
Fim!
Obrigada a todos
e até o próximo!
Beijos,
Mary



segunda-feira, janeiro 04, 2010

... penúltimos presentes!

de: Aline Sarmanho (http://blognocaminho.blogspot.com)
para: Eduardo Trindade (http://www.edutrindade.com)

As valsas que vivi

E fui dançar as valsas

Disseram-me que eram valsas únicas, lúdicas.

Que eu veria o circo e de sorrisos ganharia o dia.

Sim, eram valsas!

Daquelas de melodias trabalhadas a fino trato.

E dancei, horas a fio... deixei-me levar.

A cada momento uma nova emoção, um novo sorrir.

Realidades senti, sabores degustei e como criança chorei.

O poeta recitava melodiosamente cada nota musical.

Eram mãos generosas e um sorriso gentil.

De Garbo e elegância me vesti

E aplaudi as valsas invisíveis,

que vivi.


de: Eduardo Trindade (http://www.edutrindade.com)
para: Mary Morena (http://versosdelirios.blogspot.com)

Meu (minha) amigo(a) secreto(a)...
Foi uma das primeiras cabeças com quem tive contato. E, tão simpática sempre, ela me cativou para valer. Conquistou-me para o blog (ainda que eu nem sempre tenha tido tempo para ser assíduo como gostaria). O mais legal foi que ela, justamente ela, eu tive o prazer de substituir durante o mês de novembro. E pude sentir de perto o quanto é querida, não só por mim, por todos. Fica, Marina, com minha amizade e meu carinho, e eu fico com teus deliciosos delírios em forma de versos. Feliz Natal!

EMBALOS

Soltar as amarras,

partir, velejar,

descobrir outros mundos,

desbravar outros mares,

amar o mar...

Quantos horizontes

ainda por trilhar,

quantos sonhos

esperando a gente

na esquina do vento.

E no fim, sempre,

voltar

ao mar, ao mundo, a casa,

atracar nos braços

de quem tem no nome

um oceano,

Marina.


de: Mary Morena (http://versosdelirios.blogspot.com)
para: André Lasak (http://quimeraufana.blogspot.com)

Meu amigo poético tem um blog muito bacana, o Quimera Ufana! E como ele gosta muito de inícios (e eu também adoro lê-los!), foi pensando nisso que saiu o presente. Para meu amigo, André Lasak. Espero que goste! ;-)

cíclico

o poeta inicia

a palavra

com sua verdade

traça linhas

rima ante rima

o poeta constrói

teias

e descansa

com seus oito sentidos

à espera da próxima presa

de uma nova palavra

para um novo início

a poesia

este vício


de: André Lasak (http://quimeraufana.blogspot.com)
para: Moacir Caetano (http://moacircaetano.zip.net)

O Velho Tempo

Mais que eu tentasse
Ouvir o Tempo
Ainda escutava o silêncio...
Conheci um velho que me
Incentivou nesta empreitada
Rezando seu velho terço de ébano

Cada conta que rezava
Acabava num tique ou num taque
E eu ali, esperando e esperando...
Tentando por tanto tempo
Alcançar minha glória
Na velhice, apenas, entendi que
O tempo não se ouve: se vive intensamente



Amanhã chegam os últimos presentes!
Desde já agradeço a todos que participaram
dessa segunda edição do Amigo Poético! :-)

p.s.: resultado do sorteio: http://www.twitpic.com/wlnjs
(mais detalhes nos recados do amigo secreto)

domingo, janeiro 03, 2010

antepenúltima entrega!

Depois desse, só amanhã e depois! =)

Desfrutem!



de: Renata Aragão (http://docedelira.blogspot.com)
para: Mariana Botelho (http://quelevequenada.blogspot.com)

Patuá

que presente
eu daria
a você
tão distante
se não
poesia
trançada
a barbante
ou a fio
bem fino?

- colar de contas –

eu as contaria
uma a uma
até que
em linha
nenhuma
mais
fosse sozinha
e assim brilhasse
por ter companhias.

- colar de guias -

desembrulhado: sem papel, fita ou bordado.
caído do céu

- abençoado -

Para Mariana Botelho,
amiga poética secreta
a quem desejo um 2010 iluminado!


de: Mariana Botelho (http://quelevequenada.blogspot.com)
para: Alexandre Beanes (http://www.alexandrebeanes.com)

para Alexandre Beanes, um poema de Romério Rômulo:

não acredite na suavidade dos poetas
cujos versos,
por simples,
são um cavalo em pêlo, no cerrado.

(fuja do poeta
como se foge da doença que se estampa longe.
seu fígado é visgo:nada lhe corrói as entranhas.)

os aços mais duros
não conseguiram lhe desmontar as peças.
seu olhar, sempre sobre,
há que ser medido em trovões.

um poeta qualquer, por mais frágil,
faz terremotos parecerem grilos.



de: Alexandre Beanes (http://www.alexandrebeanes.com)
para: Hanny Saraiva (http://hannysaraiva.blogspot.com)

Minha amiga secreta é a Hanny Saraiva. Deu um trabalho desgramado! A danada passou séculos sem aparecer na lista de recados, não coloca nenhum perfil no blog e, ainda por cima, escreve muito bem e de forma muito diferente da minha. Espero que ela goste.

Palavra pede música
Mesmo as que calam
Pois é no silêncio
Que sentimos o porvir da melodia
Ou
A quietude do som.
Mesmo quem vende o mundo
Pede palavra
As ama
E eu brinco de adivinho
Entre bolas coloridas
E canções de Natal
A esbarrar em versos
Riscar
Reescrever
Rasgar
Quem sabe não venda um verso
Ou
Talvez mude o mundo
(modesto que sou)
Ou só venha mesmo dizer
Que é Natal
E essa época pede versos
Muito bem vindos
Mesmo para quem vende o mundo.


de: Hanny Saraiva (http://hannysaraiva.blogspot.com)
para:
Aline Sarmanho (http://blognocaminho.blogspot.com)

MINHA AMIGA OCULTA PARECE SER ESVOAÇANTE.

Título: MMIX
“Não, não e não” – ela disse com paixão para a pilha de unobatainium em cima da escrivaninha de acrílico reciclado. Ele então jogou a possibilidade de extração de um super minério pelo ralo branco da cozinha. Inspirou e expirou duas vezes. “Tem certeza?” – ele perguntou. “” – ela respondeu. Após o apagão das luzes natalinas de MMIX, ele apertou um botão cintilante. Agora há sempre UM BLOG NO CAMINHO.


E vamo que vamo!

sábado, janeiro 02, 2010

ano novo, mais poesia...

de: Keila S B (http://sobrecaminhosepedras.blogspot.com)
para: Gisele Atriz (http://inventandoagentesai.blogspot.com)

Minha amiga secreta não se oculta nas palavras! Ela vai lá e faz de sua página as de sua vida!!! Ela corre, roda, grita, geme, chora e acredita! É a menina Atriz!!!! :D
Gisele, lendo seu blog a sensação que tive foi a de encontro. Tantos sentimentos e vivências compartilhadas! Daí, nasceu...

encontro

enquantos que esperam e acontecem
encantos que aguardamos toda vida
momentos nos alegram ou entristecem
pelos cantos gememos e choramos sem medida

se nesta vida o que nos acontece
anima o bem e o mal, cuida ou faz ferida
encontrar é verbo que nos enriquece
pois une, junta, conflui, aglomera
e vai contra, combate, briga, liquida

ficamos nestes encontros, reclamando a falta de sorte
agradecidos, felizes, pelo encaixe inesperado
dele, nada adianta esperar, medir, profetizar:
ele se faz de-nós, com-nós, prá-nós
enroscado no que somos ou não
sendo nosso ser-com-este-mundão.


de: Gisele Atriz (http://inventandoagentesai.blogspot.com)
para: Marcos Côrtes (http://poetaalgum.blogspot.com)

Bem, meu amigo pediu algo pequeno....e como percebi que ele escreve muuuuuito bem e com temas altamente complexos, estou com medo(confesso) de desaponta-lo com minha simples poesia simples... Mas, ele não ficará sem presente. Eis o poema:

VIAGEM

O tempo costuma chegar depressa
Sem sossego ele se achega
Privando algo mais belo
Ao menos singelo
Contornando fases
Desvendando mistérios
Escavando saudades
Envolvendo cidades
Pessoas, casas e almas.

Arrume suas malas
Vou aí abraçar você
A viagem começou
Encantada em conhecer.


de: Marcos Côrtes (http://poetaalgum.blogspot.com)
para: Sandra Regina (http://feitaemversos.blogspot.com)

Dona

Dona,
quer ser poesia quando crescer:
Mas sabe o belo que foi,
mal sabe o belo que é.

Para quê ser poesia,
se seu corpo e sua alma,
fazem dela poetisa:
é tão mais divertido assim!

Dona,
é Dona de si.
Viaja nada inocente,
neste mundo de poesias.
Canta suas rimas,
Toca seu corpo.
E do despedaçado,
fez um eco-cardio-drama.

Dona,
cheia de prosas e fetiches
Saiba o belo que é.
Dona de si, feita em versos.
E de corpo e alma,
és Dona Poetisa.


de: Sandra Regina (http://feitaemversos.blogspot.com)
para: Renata Aragão (http://docedelira.blogspot.com)

Ai, gente... vocês hão de entender o que aconteceu comigo: Em pleno período de entressafra poética, um amigo poético pra inspirar... e eis que minha sorte veio bem a calhar...rs.. me trouxe essa doçura de lira... um amor de menina.. que rima com suavidade e delicadeza... e oferece aos leitores seus versos de sobremesa... Adorei saborear as delícias do seu blog! Adorei ter tirado você: Renata Aragão! Aí vai meu singelo poema, de todo coração!

Surpresa de Natal

De (in)certo juiz

Vem a sentença:

“Nasce aqui e arrebenta!”

Ela de pronto

Assim quis:

E veio brilhando

Em versos doces

E pertinentes

Hoje, admito

Conhecer seu blog

Foi meu melhor presente!

(Só espero que me desculpe pelo presente tão simples.... é que fiquei tão encantada que quase emudeci!)


sexta-feira, janeiro 01, 2010

Galerinhaaaaaaaaaaaa! Mais presenteeeeeeeeeeeeeeeees!!!




de: J. F. de Souza (http://escuchameporra.blogspot.com)
para: Múcio Góes (http://traversuras.blogspot.com)

Meu amigo poético é o mais amado e mais querido de todos os participantes, com certeza! É só olhar, lá no site do amigo secreto, quantos bilhetinhos esse cabra recebeu – e o naipe dos respectivos! O cabra tem mel na língua, só pode... =P
E, pra elaborar meu presente pro mestre Múcio L. Góes, eu fiz algo diferente: busquei inspiração nessa mulherada que é loooooooooooouca pelo cara – e só me quer como amigo... =/
Assim, escrevi este poema usando um eu-lírico feminino. Mas espero que ele não estranhe e goste assim mesmo. ;)

círculo mucioso

quando me achego até você
sinto forte teu calor

e quanto mais calor eu sinto
mais eu quero
esse aconchego

ah, galego...
fico feito bichinho besta
que voa até a luz que esquenta
querendo chegar nesse sol
ardente

pois busco
o ponto alto
do prazer

pois busco
morrer

e me desfaço
em líquido

há uma nascente
em meu ventre

renasço

Esse escrito, mais que uma homenagem ao mestre Múcio, é também uma homenagem a essa mulherada que adoraria ter escrito algo assim pra ele! (Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!) =P


de: Múcio Góes (http://traversuras.blogspot.com)
para: Alex Pinheiro (http://invento0.blogspot.com)

tive a alegria de tirar esse cara, grande cara, verdadeiro brother! Alex não brinca em serviço, e manda muito bem na lide poética, sabendo dosar lirismo e acidez, quando preciso. aqui está minha humilde homenagem, e espero ter alcançado êxito. forte abraço, feliz 2010!

de repente
um vento uma brisa
faz brotar uma prosa
vigorosa e precisa
que de longe
me alicia os olhos
me faz reter as retinas
no seu abrir das cortinas
e de repente
do seu tear
sai teatro
sai foto e sai fato
quebrando o fio
da rotina
e de Sampa
até Salto
sua poesia domina
o ácido verso
a coisa fina
em prol do progresso
assim de repente
surge o barco de inventOs
cujo seu timoneiro
é o Poeta social

Alex Pinheiro


de: Alex Pinheiro (http://invento0.blogspot.com)
para: Rômulo Coelho (http://remosaraiva.blogspot.com)

do cemitério morto

de palavras bem articuladas
, entre túmulos de toga
e flores sem espinho,
Remo uma correnteza contra
e outra Saraivada de afasia
pra chegar aos pés
da graça na poesia


de: Rômulo Coelho (http://remosaraiva.blogspot.com)
para: Keila Sgobi (http://sobrecaminhosepedras.blogspot.com)

Fiquei imensamente feliz ao receber em minha caixa de e-mail o nome de meu amigo oculto poético. No caso, uma amiga, que, aliás, é também minha amiga de verso, haja vista já nossas algumas prolíficas e “rendosas, embora poucas, parceiras – promessas, porém, de mais, muito e sempre mais! Como penso que elegias, na maioria das vezes, são elogios que se perdem na memória das gavetas, acho que o melhor presente é um poema que caiba à pessoa tirada e também à minha obra. Um proveito mútuo, portanto, que extrapola os parâmetros da elegia, e torna a homenageada em musa por um dia – ou poema, a bem da verdade! A propósito: a minha amiga oculta é a Keila!

Rearranjos telúricos (ou digressões de chão)

Veredas estreitas de rimas
soantes, internas, forçadas.

Pedras longínquas, muralhas,
rochedos, morros, cordilheiras.

Grãos afetivos, de cinzas,
de pó e de areia, vestígios.

Searas encalacradas
de suspiros e tantas culpas.

........................................

O bom e o mau. E o feio. O belo.
Dominik e Leone. Tuco e Jesse.
Ford e Blondie. Malignos Olhos de Anjo.

Carneiro e Neto. Primos: Raul, José.
E deles se vislumbra a terceiríssima
pessoa da trindade, o bom Andrade.

Um tácito tumulto de oximoros
trajando ilustres tais como outros outros.
Ternos anonimatos e safados.

........................................

Sobre caminhos e pedras,
a mulher percorre brechas

de sim e de não sem dar vez
para o talvez fácil, gaiato.

Fato é que professorando
incertezas num mundico

de certitudes falsas, Keila
faz poesia com destreza

própria de vento, que é tão
antitético ao chão onde

ela arraiga com mel e chumbo
suas asas de mito novo,
reinventado, renascido:
um Ícaro ressuscitado
e sabido que só sabido.

Keila ou não Keila, isso
é o que ela faz melhor: versos.

........................................

Findo aqui estas linhas com um paradoxo
que é início – o poema é tão só o começo.


E não para por aqui! Ano que vem tem mais! (E só presentaço!) =)