sábado, dezembro 25, 2010

argos

Te procurei com mil olhos

novecentos e noventa e oito, inventados

te procurei com olhos que eu não tinha

retive miragens na retina

encontrei só o que se desfazia ao primeiro roçar de mãos.

Deixei cair mil olhos.

Mentira, guardei dois,

fechados pra mais tarde.

Livre de imagens para ficar em paz

livre de imagens pra caminhar sem pressa

e aí: você

o que é pra ser a gente acha

até quando tropeça.

Um comentário:

Lubi disse...

tão lindo!
me apaixonei por esse poema.