A cidade vazia, todo mundo vivendo o verão em altitudes distantes.
A lua pendurada no céu como filme saído de um velho projetor.
Silêncio terrível a noite que começa.
Resolvo fazer café para mim mesmo e exagero a quantidade.
Acabo bebendo tudo porque sempre lembro o quanto você odeia desperdícios.
Essa noite imensa, vagando pela casa como menino perdido no supermercado.
Um astronauta poderia ter visto a tristeza em meus olhos, lá do espaço.
Lembre-se de lembrar de mim
em algum lugar do seu passado
flutuando como um beija-flor.
Um comentário:
É.. algumas lembranças são como um leve coçar por trás da orelha.
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