Já não sei mais se fala ou se tosse
do outro lado da linha e do mapa, distante.
Tua voz sumindo
sumindo pelo fio que consola.
São as crianças pulando nas poças d'água
a chuva estalando na minha capa
os ônibus passando pela avenida inundada
que olho.
A água cobre meus pés.
E é tua voz que não sei mais e não ouço.
Quando você fala dos nossos fragmentos perdidos no tempo
das pequenas mentiras do dia-a-dia
que são para não estarmos sós
eu aprisiono minha lágrima em seu início.
Te digo 'tchau, se cuida, eu te amo sem medida'
querendo dizer nada.
Você compreende e eu vou embora.
Um comentário:
vou descaradamente tomar esse poema como um presente, porque ele me deixou com saudade de escrever poemas.
beijo
beijo
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