terça-feira, outubro 19, 2010

Dejá-vu

O rio do esquecimento é caudaloso.
Mas vão. E perigoso.

Pois não adianta olvidar.
Mergulhar e afogar as lembranças.
Uma hora elas voltam e fazem a lambança.

E nós, que nos acostumamos a viajar
em tranquilas águas azul-turquesa
somos pegos de surpresa.

E nos tornamos de alegres navegadores
em náufragos num ilha de horrores.

Um comentário:

ítalo puccini disse...

um retrato fielíssimo disso que chamado dejà-vu.

muito muito bom!

abraços.