terça-feira, dezembro 15, 2009

cinco minutinhos

Nas prateleiras, as capas dos volumes
têm, todas, a mesma cor do pó.
É morada de uma aranha, o violão,
já bem acostumado àquele canto.
Perderam-se, os rascunhos, sobre a escrivaninha;
alguns no chão, espalhados por um raro vento.
A cortina filtra a luz da velha lua
enquanto ignoro a arte projetada na parede.
As pantufas, há muito, repousam ao lado da minha cama
porque meus pés ficam apressados quando ouvem o despertador.
Mesmo que eu sempre peça às horas
mais cinco minutinhos.

http://duaspartes.blogspot.com

9 comentários:

A czarina das quinquilharias disse...

e viva o snooze

moacircaetano disse...

cinematográfico!

moacircaetano disse...

cinematográfico!

moacircaetano disse...

cinematográfico!

moacircaetano disse...

cinematográfico!

Úrsula Avner disse...

Olá meu caro autor, estou na correria de fim de ano, por isso estou passando rapidamente para agradecer sua visita e interesse em seguir o meu blog de poesias. Volto com calma depois. Um abraço e até breve.

Sandra Regina disse...

Perfeito!!! Que suavidade!!!! Ah... e pensar que são eternos esses cinco minutinhos....rs.. bj

J.F. de Souza disse...

Preciosidades.
Os cinco minutos e o poema. =)

The unknown human who sold the world disse...

Será que o som permanece no limbo?