Festa é gozo
Que começa com o convite
E finda
No derradeiro abraço de despedida.
Não.. não são meus esses versos! Meu poetamigo convidado deu mostras de nossa cumplicidade neste poema!!! Ah... Querem saber quem é?... O autor desta "Festa" é ZERO S/A (José Rosa para os amigos.. mas só os verdadeiros...rs). Desde que o conheci, percebi que ia rolar...rs.. Ele é demais! Direto nas palavras... (ele também escreve Breves Histórias, ou minicontos!!! Vale a pena conferir!) E ainda aceita me acompanhar nas maiores "roubadas" poéticas... (ler meus poemas no palco da Bienal não é pra qualquer um...rs...)
As coincidências e afinidades são tantas... que se eu for escrever aqui, chegaremos ao fim da semana com o mesmo post...rs... Por isso, como ele mesmo sugere quando nos envia "O poema do dia", apreciem sem moderação!!!!
terça-feira, junho 30, 2009
segunda-feira, junho 29, 2009
festa!
Olá a todos!
Continuamos as festividades de aniversário do Blog de Sete com uma semana de convidados muito especial!
Semana de convidados temática: FESTA!
Minha convidada é a Hanny do The human who sold the world, expert em contos fantásticos - em todos os sentidos. Enjoy ;)
Dry MartiniNatalí Serrazine odiava palhaços. Tinha complexos de Billy, achando que eles eram todo o mal existente do mundo. A cara borrada, as roupas brilhantes, a risada demoníaca. O nariz era vermelho sangue. Sabia da existência maligna deles, mas só comprovou depois de assistir Palhaço Assassino. Ou seria Um dia de terror? Odiava ir à festas infantis de 1 ano com tema de palhaço. Os humanos diziam que trazia sorte. Para ela era tortura milenar.
Tudo piorou quando, na festa de fim de ano, seu chefe montou um circo. O insuportável globo da morte, os magrelos trapezistas, os ursos raquíticos, os pierrôs amaldiçoados, as bailarinas anoréxicas. E a presença do temor maior: o palhaço coisa ruim.
Ele pipoca igual algodão-doce na chuva, molhando tudo, grudando em todos. Com calças de bolinhas, cabelo de boneca, pele branca. Natalí queria se transformar em mulher bomba e matar o carequinha.
O chegou chegou tá na hora da alegria foi engolido a seco. Ela pediu um Dry Martini.
A buzina agonizante estava na mão da coisa ruim. Ele pulava igual canguru com hemorróidas. O estômago de Natalí embrulhou.
“No circo tem palhaço, tem tem todo dia. No circo tem palhaço tem tem todo dia”.
Passou um ovo de codorna à sua frente. Deslizou garganta abaixo. A coisa do mal estava na piscina de bolinhas. Seu chefe estava com Dorinha na cama elástica.
Natalí tomou mais um Dry Martini. Foi parar na sua mão um garfo.
O horror demoníaco ainda estava entre as bolas coloridas.
“Desfrute cada dia!” era o que seu pensamento latejava. Como curtir alguma coisa com um ser maléfico à solta? Ele soltou uma gargalhada do inferno de Dante.
Mais um ovo de codorna e um Dry Martini. Natalí passou pela algazarra circense, em direção à piscina de bolinhas. O eco da risada ainda zumbia. Levantou a mão e cravou o garfo no nariz do palhaço. A ira a possuiu.
Um segundo e todos pararam. Dois segundos e a gargalhada foi geral.
O garfo era de plástico.
sábado, junho 27, 2009
Vinte e um
Sim, somos sete.
Número quase mágico.
Sete comitrágicos.
Sete palhaços, talvez.
Seven clowns.
Cantando, up and down.
Sete bailarinos,
sete meninos,
hímens, homens e hinos.
Somos sete, setentrião.
Vento carregando estrelas
na palma da mão.
Somos seta.
Somos certos ou não.
Somos um pouco contramão.
Digo somos,
mas deveria dizer sou.
Um bando em voo.
E três anos são quase nada.
E seguimos, os sete,
forçando sua saída da estrada.
Número quase mágico.
Sete comitrágicos.
Sete palhaços, talvez.
Seven clowns.
Cantando, up and down.
Sete bailarinos,
sete meninos,
hímens, homens e hinos.
Somos sete, setentrião.
Vento carregando estrelas
na palma da mão.
Somos seta.
Somos certos ou não.
Somos um pouco contramão.
Digo somos,
mas deveria dizer sou.
Um bando em voo.
E três anos são quase nada.
E seguimos, os sete,
forçando sua saída da estrada.
sexta-feira, junho 26, 2009
c-i-r-a-n-d-a
Há sete crianças no quintal
dançando
a ciranda da poesia.
Embolando palavras.
Rodopiando sentimentos.
Elas brincam
e assopram as velinhas:
dançando
a ciranda da poesia.
Embolando palavras.
Rodopiando sentimentos.
Elas brincam
e assopram as velinhas:
7 cabeças
e 3 anos de vida
!!!
~~~~~
p.s.: Obrigada a todos que participaram do nosso concurso! Em breve divulgaremos o resultado. Aguardem! :-)
e 3 anos de vida
!!!
~~~~~
p.s.: Obrigada a todos que participaram do nosso concurso! Em breve divulgaremos o resultado. Aguardem! :-)
quinta-feira, junho 25, 2009
terça-feira, junho 23, 2009
Poema de agradecimento*
Vieste de dias distantes
bem antes de alguma poesia
Chegaste vibrante
e quase sem rimas eu vivia...
Vieste sem dizer palavra tua
(recitando sonetos alheios)
e me entregaste a Lua
num lunático passeio
Sopraste meus versos banais
com teu jeito sutil de observar
(Vendo mais sem nem sequer me olhar)
Com teus olhares (e)ternos e acidentais
Estás agora aqui
(...Vieste e te perdeste nestas linhas)
Em meus poemas ficaste...
Quando eu nem acreditava que vinhas...
*Aos queridos leitores deste blog!!
bem antes de alguma poesia
Chegaste vibrante
e quase sem rimas eu vivia...
Vieste sem dizer palavra tua
(recitando sonetos alheios)
e me entregaste a Lua
num lunático passeio
Sopraste meus versos banais
com teu jeito sutil de observar
(Vendo mais sem nem sequer me olhar)
Com teus olhares (e)ternos e acidentais
Estás agora aqui
(...Vieste e te perdeste nestas linhas)
Em meus poemas ficaste...
Quando eu nem acreditava que vinhas...
*Aos queridos leitores deste blog!!
Gotas:
Sandra,
Semana Temática - É Festa
Ainda recebendo e-mails...
Ainda estou recebendo e-mails para o concurso dos 3 anos do blog. Muitos comentaram que iriam participar e não mandaram seus e-mails.
Prorroguei o prazo até quarta, 24. =]
Não é tão difícil assim bolar uma frase com "7 cabeças" com 140 caracteres, é? hehe...
Olha os presentes:
Mais informações aqui neste post.
segunda-feira, junho 22, 2009
chiu.
Eu não falo. Eu sou sobrinha do silêncio.
As palavras que sobram sobram. Letrinhas no fundo do pra to de sopa.
As palavras eu engulo. Não digo.
Não diga?
Sim, as deixo amontoar, todinhas, na barriga.
As palavras que sobram sobram. Letrinhas no fundo do pra to de sopa.
As palavras eu engulo. Não digo.
Não diga?
Sim, as deixo amontoar, todinhas, na barriga.
Gotas:
czarina
domingo, junho 21, 2009
Orgulho do pai
Saí
pra comemorar
no bar
beber
e
morar
(Assim deve celebrar
todo poeta
e pai errante, creio eu...)
E contar
pra todo mundo,
cheio de orgulho,
que meu filho
tá fazendo 3 aninhos
tá grande
tá forte
- Mais forte que o pai!
E que,
felizmente,
tem mais 6 pais
pra tomar conta dele.
Tem tudo pra ser feliz, esse nosso filho.
pra comemorar
no bar
beber
e
morar
(Assim deve celebrar
todo poeta
e pai errante, creio eu...)
E contar
pra todo mundo,
cheio de orgulho,
que meu filho
tá fazendo 3 aninhos
tá grande
tá forte
- Mais forte que o pai!
E que,
felizmente,
tem mais 6 pais
pra tomar conta dele.
Tem tudo pra ser feliz, esse nosso filho.
sábado, junho 20, 2009
Azul
Folhas às vezes são folhas.
Estrelas apenas estrelas.
E sabão em bolhas... sabão em bolhas.
Em certo dias não nos cabem metáforas.
Ou mistificações. Ou simbolismos.
Há dias em que a vida é ela mesma,
sem malabarismos, sem signos.
Nesses dias, os olhos são apenas olhos,
e não janelas da alma.
O sono apenas sonho, e não
um mar ondeante de calma.
E o sexo é o sexo, simplesmente
e não o amor em estado emergente.
E talvez pelo fato de nesses dias
o mundo se mostar aos nossos olhos
com sua luz natural, sem alegorias,
sem zonas de luz e nada de mais,
talvez por isso essa paz...
Essa não-obrigação de ser poeta
(só por hoje, só por enquanto)
e me distrair com cada detalhe
que se esconde em cada canto.
A beleza das arestas.
Das formas agudas e cortantes.
Das palavras sem sua carga significante.
Às vezes faz bem um dia de realidade alienante.
Estrelas apenas estrelas.
E sabão em bolhas... sabão em bolhas.
Em certo dias não nos cabem metáforas.
Ou mistificações. Ou simbolismos.
Há dias em que a vida é ela mesma,
sem malabarismos, sem signos.
Nesses dias, os olhos são apenas olhos,
e não janelas da alma.
O sono apenas sonho, e não
um mar ondeante de calma.
E o sexo é o sexo, simplesmente
e não o amor em estado emergente.
E talvez pelo fato de nesses dias
o mundo se mostar aos nossos olhos
com sua luz natural, sem alegorias,
sem zonas de luz e nada de mais,
talvez por isso essa paz...
Essa não-obrigação de ser poeta
(só por hoje, só por enquanto)
e me distrair com cada detalhe
que se esconde em cada canto.
A beleza das arestas.
Das formas agudas e cortantes.
Das palavras sem sua carga significante.
Às vezes faz bem um dia de realidade alienante.
Gotas:
Moacir
sexta-feira, junho 19, 2009
let it be
teu jeito rock star
não me encanta mais
vou te deixar
esquecido na sala de estar
não me encanta mais
vou te deixar
esquecido na sala de estar
Gotas:
Mary
Concurso de aniversário continua...
Mais presentes:
O amor e outros pequenos sentimentos, de Moacir Caetano.
Lusco-Fusca, de Nathalie Lourenço (Czarina).
E vamos presentear também o 3º lugar com o livro Poesia e Prosa do Luiz Guilherme Amaral do blog Diretor de Letras. Obrigada, Luiz!
Não esqueçam: O prazo do envio das frases acaba próxima segunda, 22.
Mais informações neste post.
Participem!!! :-)
O amor e outros pequenos sentimentos, de Moacir Caetano.
Lusco-Fusca, de Nathalie Lourenço (Czarina).
E vamos presentear também o 3º lugar com o livro Poesia e Prosa do Luiz Guilherme Amaral do blog Diretor de Letras. Obrigada, Luiz!
Não esqueçam: O prazo do envio das frases acaba próxima segunda, 22.
Mais informações neste post.
Participem!!! :-)
quinta-feira, junho 18, 2009
bela belô
tão ontem
que parece hoje
coisa
que da memória
não foge
trago-te o cheiro
das esquinas
das meninas
das minas
onde a beleza
começa
e não termina
deixo Hiroshima
deixo Paraty
adiós Himalaia
com seus belos montes
ai que saudades de ti
belorizontem
Gotas:
Múcio
terça-feira, junho 16, 2009
Mentiras*
Às vezes abuso na rima
esboço versos sinceros
mas escrevo-te sonetos
livres na medida
de estrofes irregulares...
São rascunhos interrompidos
(meus desejos partidos)
São todos meus segredos
que poetizo no teu livro
*O poeminha de hoje tem esse título só de brincadeira..., mas as comemorações de aniversário (e os presentes) são de verdade...rs...
Leiam o post do convite abaixo e soltem a imaginação..rs... Estamos ansiosos pra distribuir nossa poesia!!!
esboço versos sinceros
mas escrevo-te sonetos
livres na medida
de estrofes irregulares...
São rascunhos interrompidos
(meus desejos partidos)
São todos meus segredos
que poetizo no teu livro
*O poeminha de hoje tem esse título só de brincadeira..., mas as comemorações de aniversário (e os presentes) são de verdade...rs...
Leiam o post do convite abaixo e soltem a imaginação..rs... Estamos ansiosos pra distribuir nossa poesia!!!
Gotas:
Mês de Aniversário,
Sandra
segunda-feira, junho 15, 2009
É só isso
que me comove
Você ainda chora quando chove
Cada veia retorcida
Cada pálpebra caída
Se desfaz e se dissolve
um bocado de cristalino
esse macio que resta intacto
e já nem importa
se o resto
virou cacto.
---
que me comove
Você ainda chora quando chove
Cada veia retorcida
Cada pálpebra caída
Se desfaz e se dissolve
um bocado de cristalino
esse macio que resta intacto
e já nem importa
se o resto
virou cacto.
---
não deixem de participar do Aniversário do Blog de 7!
Veja abaixo como participar :D
Gotas:
czarina
domingo, junho 14, 2009
3 anos do B7C! Tem festa! - Atualizado!
E quem ganha o presente é você!!! (bem propaganda de supermercado!)
Queridos amigos,
Nosso blog está completando 3 anos e estamos muito felizes com esse espaço, com toda nossa história, nossa paixão pela poesia (claro que temos as más fases, mas elas passam). Felizes pelos amigos que conquistamos, que comentam e que são sempre carinhosos com esse nosso cantinho. Obrigada a todos! Obrigada também aos amigos que um dia já fizeram parte deste blog - Pedro Pan, Nanna e Leandro Jardim - e aos amigos que já foram substitutos e convidados nas nossas semanas mais que especiais.
Mas, chega de enrolação e vamos ao que interessa! Pra comemorar os 3 anos de vida, vamos lançar um concurso! Oba! (O post vai ficar bem grandinho, mas leiam até o final!)
É o seguinte, nós, do B7C, estamos também no Twitter e, aproveitando para divulgar nossa página por lá (Sigam-nos! -> http://twitter.com/b7c), o desafio do concurso é escrever uma frase (ou um poema) com até 140 caracteres (contando com os espaços, como no twitter) usando o termo “sete cabeças” (ou “7 cabeças”). Não pode ser só sete ou apenas cabeças. Temos que estar juntinhos! Hehe... (Também não precisa ser uma alusão ao blog em si, vocês usam as sete cabeças como quiserem. Cuidado, hein!)
Então, mandem suas frases para meu e-mail, morena.marina arroba gmail ponto com, e as duas frases mais criativas serão as vencedoras. Como receberei as frases, as outras 6 cabeças (+ Leandro Jardim) que irão decidir os ganhadores. (Eles receberão sem os dados dos autores para não ocorrer nenhuma decisão na amizade ;)
Junto à frase, mandem nome, link do blog (se tiver), cidade e estado. (Os participantes precisam residir no Brasil).
As inscrições serão aceitas a partir do dia 13 e vão até dia 22 de junho! Cada pessoa pode participar com DUAS frases. (O resultado sai até dia 12 de julho).
Agora, a parte mais legal, os prêmios:
O primeiro lugar ganhará: O Avesso e O Verso, de Múcio Góes; O Amor e Outros Pequenos Sentimentos, de Moacir Caetano; Lusco-Fusca, de Nathalie Lourenço (Czarina); Texto Sentido, de Sandra Regina; e Todas as Vozes Cantam, de Leandro Jardim.
O segundo lugar ganhará: O Amor e Outros Pequenos Sentimentos, de Moacir Caetano; Lusco-Fusca, de Nathalie Lourenço (Czarina); Texto Sentido, de Sandra Regina; e Todas as Vozes Cantam, de Leandro Jardim.
(O envio é por nossa conta!)
Participem!!!
Dúvidas? Mandem-me email ou escrevam aqui neste post.
Beijos,
Mary
Queridos amigos,
Nosso blog está completando 3 anos e estamos muito felizes com esse espaço, com toda nossa história, nossa paixão pela poesia (claro que temos as más fases, mas elas passam). Felizes pelos amigos que conquistamos, que comentam e que são sempre carinhosos com esse nosso cantinho. Obrigada a todos! Obrigada também aos amigos que um dia já fizeram parte deste blog - Pedro Pan, Nanna e Leandro Jardim - e aos amigos que já foram substitutos e convidados nas nossas semanas mais que especiais.
Mas, chega de enrolação e vamos ao que interessa! Pra comemorar os 3 anos de vida, vamos lançar um concurso! Oba! (O post vai ficar bem grandinho, mas leiam até o final!)
É o seguinte, nós, do B7C, estamos também no Twitter e, aproveitando para divulgar nossa página por lá (Sigam-nos! -> http://twitter.com/b7c), o desafio do concurso é escrever uma frase (ou um poema) com até 140 caracteres (contando com os espaços, como no twitter) usando o termo “sete cabeças” (ou “7 cabeças”). Não pode ser só sete ou apenas cabeças. Temos que estar juntinhos! Hehe... (Também não precisa ser uma alusão ao blog em si, vocês usam as sete cabeças como quiserem. Cuidado, hein!)
Então, mandem suas frases para meu e-mail, morena.marina arroba gmail ponto com, e as duas frases mais criativas serão as vencedoras. Como receberei as frases, as outras 6 cabeças (+ Leandro Jardim) que irão decidir os ganhadores. (Eles receberão sem os dados dos autores para não ocorrer nenhuma decisão na amizade ;)
Junto à frase, mandem nome, link do blog (se tiver), cidade e estado. (Os participantes precisam residir no Brasil).
As inscrições serão aceitas a partir do dia 13 e vão até dia 22 de junho! Cada pessoa pode participar com DUAS frases. (O resultado sai até dia 12 de julho).
Agora, a parte mais legal, os prêmios:
O primeiro lugar ganhará: O Avesso e O Verso, de Múcio Góes; O Amor e Outros Pequenos Sentimentos, de Moacir Caetano; Lusco-Fusca, de Nathalie Lourenço (Czarina); Texto Sentido, de Sandra Regina; e Todas as Vozes Cantam, de Leandro Jardim.
O segundo lugar ganhará: O Amor e Outros Pequenos Sentimentos, de Moacir Caetano; Lusco-Fusca, de Nathalie Lourenço (Czarina); Texto Sentido, de Sandra Regina; e Todas as Vozes Cantam, de Leandro Jardim.
(O envio é por nossa conta!)
Participem!!!
Dúvidas? Mandem-me email ou escrevam aqui neste post.
Beijos,
Mary
Fagulha (Princípio de fogo)*
Venho
com duas pedras na mão...
E bato uma contra a outra
repetidamente.
Quero fazer calor!
Quero acender uma chama!
Quero incendiar um quarteirão!
Quero botar fogo em tudo!
Merda! Tudo que tenho
é a porra duma fagulha...
com duas pedras na mão...
E bato uma contra a outra
repetidamente.
Quero fazer calor!
Quero acender uma chama!
Quero incendiar um quarteirão!
Quero botar fogo em tudo!
Merda! Tudo que tenho
é a porra duma fagulha...
escrito em abril de 2007
Gotas:
JF de Souza
sábado, junho 13, 2009
Canja de Galinha
Em tempos de paz,
com medo da guerra,
me armo até os dentes.
Pois não sei quando o inimigo
pode esquecer que somos
países amigos
e enfiar-me uma bala de repente.
com medo da guerra,
me armo até os dentes.
Pois não sei quando o inimigo
pode esquecer que somos
países amigos
e enfiar-me uma bala de repente.
Gotas:
Moacir
quinta-feira, junho 11, 2009
mudança
não
sei dançar
como você
dança
isso você faz
desde
criança
e nunca
cansa
por isso
não adianta
me chamar
não vou cair
na dança
se
depender de mim
vai morrer
de me esperar
a própria
esperança
Gotas:
Múcio
quarta-feira, junho 10, 2009
rota
perder-se é um bom caminho
nos tira de rota
vagando-se fica
sem latitudes e longitudes
feito cauda de cometa
deixa um rastro
dispersos em via torta.
nos tira de rota
vagando-se fica
sem latitudes e longitudes
feito cauda de cometa
deixa um rastro
dispersos em via torta.
Gotas:
Aline
terça-feira, junho 09, 2009
fértil
Meu corpo
(a)guarda
pacientemente
no aconchego
da cama
tua semente:
o sêmen
e o sossego
de quem me ama
(a)guarda
pacientemente
no aconchego
da cama
tua semente:
o sêmen
e o sossego
de quem me ama
Gotas:
Sandra
segunda-feira, junho 08, 2009
medo de voar
Que não caia
Pelo amor de deus
Que não caia
Como é possível não ter medo de voar
Esse tubinho metálico
A 200 mil pés
Pelo amor de deus
Voa, passarinho
Essas barulhentas latrinas a seco
Esses barulhentos amendoins ensacados
Essas aeromoças a quem eu não sei
Em que língua me dirigir
Parecem ingredientes de um filme de terror
Essas asas que parecem de papel
Pelo amor de deus
Prefiro fechar a cobiçada janelinha
E sussurrar não caia não caia não caia
Como se eu pudesse sustentar no ar um galo dos ventos
À força de colocar
Uma prece sobre a outra.
---
Pelo amor de deus
Que não caia
Como é possível não ter medo de voar
Esse tubinho metálico
A 200 mil pés
Pelo amor de deus
Voa, passarinho
Essas barulhentas latrinas a seco
Esses barulhentos amendoins ensacados
Essas aeromoças a quem eu não sei
Em que língua me dirigir
Parecem ingredientes de um filme de terror
Essas asas que parecem de papel
Pelo amor de deus
Prefiro fechar a cobiçada janelinha
E sussurrar não caia não caia não caia
Como se eu pudesse sustentar no ar um galo dos ventos
À força de colocar
Uma prece sobre a outra.
---
queridos, voltei :)
obrigada, Lubi, por cobrir minhas férias - com o brilhantismo de sempre.
bjs
Gotas:
czarina
domingo, junho 07, 2009
Sei lá*
para Andrew Albuquerque, grande amigo
Só te desejo
(Sei lá...)
sorte...
Ou então
que as Forças
do Destino
de Deus
do Tempo
do Bem e do Mal
da Vida...
que Todas as Forças
conspirem a seu favor
(Sei lá!)
Só desejo...
que tua história
seja tua
do teu jeito
que a tua tenha o teu final
não o meu!
que não seja reprise
de uma história
que eu conheço bem...
Não é mau agouro, não!
É só...
Pessimismo...
Ou inveja!
(Sei lá!!!)
Sabe-se lá
o que vai ser...
Só te desejo uma coisa:
(Que seja!)
Seja feliz.
escrito em abril de 2004
Gotas:
JF de Souza
sábado, junho 06, 2009
Tarde
Sei
que nada mais importa.
Que fechamos algumas portas
e lá fora a chuva cai.
Sei
que já passou da hora.
Pois quando ninguém maism chora
é porque já é tarde demais.
Agora me resta pouco
do muito que esperei.
E, vazio, tento sorrir mais uma vez.
E o que mais me dói
é saber que fui eu quem errei.
E que você não tem idéia do que fez.
que nada mais importa.
Que fechamos algumas portas
e lá fora a chuva cai.
Sei
que já passou da hora.
Pois quando ninguém maism chora
é porque já é tarde demais.
Agora me resta pouco
do muito que esperei.
E, vazio, tento sorrir mais uma vez.
E o que mais me dói
é saber que fui eu quem errei.
E que você não tem idéia do que fez.
Gotas:
Moacir
sexta-feira, junho 05, 2009
Achado
Era uma noite
De lua muito cheia
Mãos dadas
Corações a mil
Eu e ela
Na beira do riacho
Com caras de amor
Os seus cabelos
De laranjeira em flor
A sua voz macia
E tão brejeira
Ao meu ouvido
Falando baixo
Será que isso é amor
Pela dor dessa saudade
Eu acho
De lua muito cheia
Mãos dadas
Corações a mil
Eu e ela
Na beira do riacho
Com caras de amor
Os seus cabelos
De laranjeira em flor
A sua voz macia
E tão brejeira
Ao meu ouvido
Falando baixo
Será que isso é amor
Pela dor dessa saudade
Eu acho
Gotas:
convidado especial,
pedra no vento
quinta-feira, junho 04, 2009
lou-cura
quero
viver a loucura
em toda sua ternura
viver
com bravura
a captura
da parte tua
mais pura
onde
a doçura perdura
tocar
com candura
a tua partitura
até
quem sabe
encontrar minha
cura
Gotas:
Múcio
quarta-feira, junho 03, 2009
ato falho
bem que tento
mesmo sem coragem
falta-me alento
coisa de dentro
mesmo sem coragem
falta-me alento
coisa de dentro
algo certo
feito canção certeira
feito canção certeira
deixa tudo arrumado
verso, prosa, melodia
e até cabelo penteado
mas é como eu disse
bem que tento
mas não dá
de saudade grande
e até cabelo penteado
mas é como eu disse
bem que tento
mas não dá
de saudade grande
transbordou-se o pranto
ficou o tudo
ficou o tudo
fora de lugar.
Gotas:
Aline
terça-feira, junho 02, 2009
repentino
Sem querer,
ele me acende
com seu desejo
incandescente
num fogo absoluto
e sórdidos abusos
Sem pensar
ele penetra
na minha alma:
aberta!
(a sólida parte
do meu ser)
Sem saber
ele me molha
e me decora
com a acidez
do nosso passado
(meu gozo abafado)
ele me acende
com seu desejo
incandescente
num fogo absoluto
e sórdidos abusos
Sem pensar
ele penetra
na minha alma:
aberta!
(a sólida parte
do meu ser)
Sem saber
ele me molha
e me decora
com a acidez
do nosso passado
(meu gozo abafado)
Gotas:
Sandra
segunda-feira, junho 01, 2009
Santiago
Santiago já não me cabe
no colo, embora ainda
joelhos rasgados &
abismo entre dentes de
leite.
Santiago me olha de soslaio
corpo encostado à porta
o limite entre nós
porque preferível, sempre preferível
não notar que o tempo é
o embranquecer dos
meus cabelos.
no colo, embora ainda
joelhos rasgados &
abismo entre dentes de
leite.
Santiago me olha de soslaio
corpo encostado à porta
o limite entre nós
porque preferível, sempre preferível
não notar que o tempo é
o embranquecer dos
meus cabelos.
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