J.R. Lima
. Mais dos escritos dele, vocês encontram aqui!Apreciem!
Imensurável
"Um brinde à poesia, são três anos e centenas de..."
Não. Formal demais, quase pomposo, lembra discurso de bêbado em aniversário de casamento...
(...e nem a piada prestou. Que dureza!)
Tentemos de novo:
"Heptacéfalo construto poético virtual..."
Não, não! Pode parar!! Coisinha pernóstica...
Próximo!
"Este blogue está em festa
e gente meio grogue é o que resta..."
Que horror! Nada festivo, isso! Fim de festa não é festa. Igual fim de feira. Ainda por cima com esta rima ruim...
“Putz. Isto vai ficar uma m...orcaria. Só não quero decepcionar. Escrever é difícil, e eu ainda me meto. Depois de feito, tudo parece fácil, igual ovo de Colombo.” Resmungo eu para o indiferente vazio criativo que em cerca.
“Coragem, rapaz!” Há uma voz em algum lugar que diz.
“Tá certo, vou rasgar o verbo. Doa a quem doer, azar!” Digo eu, de algum lugar que não é aqui.
“Muito bem”, diz a voz-sem-lugar, “Já ferraram com a ortografia mesmo e foi com decreto presidencial, nada que você possa fazer vai ser pior que isto.”
Encorajado, continuo:
Três anos de poesia no ar (e, às vezes, noir) são:
156 semanas;
1096 dias (ano passado foi bissexto).
Objetivamente, três anos não são tempo suficiente nem para se sair da infância. Mas a Poesia está livre destas mesquinharias materialistas. São mais de mil dias e aproximadamente o mesmo número de poemas postados.
“Mais de mil? Isso é muito!”
“Sim, já seria muito, se fosse só isto, mas é muito mais ainda.”
O mestre Leminski (sempre é bonito apelar para citações) diz:
“Um bom poema leva anos”.
Anos, ele diz.
ANOS!!
Se um único bom poema é uma vida bem vivida, que se pode dizer, então, de mais de mil?
Quantas vidas passaram por estes três primeiros anos?
Infinito é o que não dá pra contar, o imensurável. Se alguém duvida, que tente. Em termos estritamente anatômicos, a cada cabeça corresponde um único coração. Mas é pra contar os corações em quantidade ou para medir seu efeito sobre outros? E como se mede isto? Tem tamanho?
Parabéns a este blogue que é sempre uma festa!
Salut!
Não. Formal demais, quase pomposo, lembra discurso de bêbado em aniversário de casamento...
(...e nem a piada prestou. Que dureza!)
Tentemos de novo:
"Heptacéfalo construto poético virtual..."
Não, não! Pode parar!! Coisinha pernóstica...
Próximo!
"Este blogue está em festa
e gente meio grogue é o que resta..."
Que horror! Nada festivo, isso! Fim de festa não é festa. Igual fim de feira. Ainda por cima com esta rima ruim...
“Putz. Isto vai ficar uma m...orcaria. Só não quero decepcionar. Escrever é difícil, e eu ainda me meto. Depois de feito, tudo parece fácil, igual ovo de Colombo.” Resmungo eu para o indiferente vazio criativo que em cerca.
“Coragem, rapaz!” Há uma voz em algum lugar que diz.
“Tá certo, vou rasgar o verbo. Doa a quem doer, azar!” Digo eu, de algum lugar que não é aqui.
“Muito bem”, diz a voz-sem-lugar, “Já ferraram com a ortografia mesmo e foi com decreto presidencial, nada que você possa fazer vai ser pior que isto.”
Encorajado, continuo:
Três anos de poesia no ar (e, às vezes, noir) são:
156 semanas;
1096 dias (ano passado foi bissexto).
Objetivamente, três anos não são tempo suficiente nem para se sair da infância. Mas a Poesia está livre destas mesquinharias materialistas. São mais de mil dias e aproximadamente o mesmo número de poemas postados.
“Mais de mil? Isso é muito!”
“Sim, já seria muito, se fosse só isto, mas é muito mais ainda.”
O mestre Leminski (sempre é bonito apelar para citações) diz:
“Um bom poema leva anos”.
Anos, ele diz.
ANOS!!
Se um único bom poema é uma vida bem vivida, que se pode dizer, então, de mais de mil?
Quantas vidas passaram por estes três primeiros anos?
Três anos:
Quantas vidas?
A poesia é de sete cabeças...
E quantos corações?
Quantas vidas?
A poesia é de sete cabeças...
E quantos corações?
Infinito é o que não dá pra contar, o imensurável. Se alguém duvida, que tente. Em termos estritamente anatômicos, a cada cabeça corresponde um único coração. Mas é pra contar os corações em quantidade ou para medir seu efeito sobre outros? E como se mede isto? Tem tamanho?
Venham, então
mais infinitos anos
vezes sete cabeças
mais tantos poemas
vezes incontáveis vidas
de poesia no ar
fazendo um mundo novo
e melhor
a cada dia-poema-ano-coração-vida.
mais infinitos anos
vezes sete cabeças
mais tantos poemas
vezes incontáveis vidas
de poesia no ar
fazendo um mundo novo
e melhor
a cada dia-poema-ano-coração-vida.
Parabéns a este blogue que é sempre uma festa!
Salut!
3 comentários:
Maravilhoso! Perfeito! Imensurável! Adorei demais, Rodolfo! Obrigada! Que a festa continue... :)
Obrigado, Rodolfo!
As festas sempre continuam... em lembranças, em casamentos de quem um dia ali começou a namorar, em amizades que ali começaram a se formar... uma festa sempre continua!
esse meu Primo, sei não...
cara, lindo demais, isto! e vc vive a queixar-se deq nao sai nada, hã?
show de bola!
brigado, e desculpa ter demorado a vir te ler, e que ando, e tbm nao ando lá essa Brastemp.
bjo, Primo.
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