Quando passei em frente à tua casa, amanhecia.
O céu era vermelho sangue infinito.
Você não parecia estar lá.
Tuas janelas fechadas, cortinas mistérios.
Estive todo o dia caminhando sozinho.
No parque colhi uma flor vermelha.
Não sei muito de flores.
Haviam gotas de chuva em cada pétala.
À tarde descobri estar cansado de saber e ainda assim.
Voltei a passar pela tua casa, o céu sem cores.
Dessa vez até te vi, sombra de movimento num labirinto de luz.
Madrugada, sento eu e a folha branca de papel.
E uma pétala vermelha que não entende nada.
2 comentários:
Uma pintura. Vívida.
Bonito.
...que tampouco entende...
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