sábado, fevereiro 13, 2016

Agora

Estou a ponto de desistir, querida.
Nesta cidade não há tempo para o amor.
Não tem ninguém vivendo aqui,
são só ruas cheias de gente.
E agora,
não é exatamente sofrimento.
É perda, mas não do jeito que costumava ser.
É que está frio demais aqui.
E os fogos que acendo,
as coisas que tento fazer,
não creio que estejam erradas.
É apenas muito tarde.
O desperdício é como tempestade, esta noite.


___

Gil Brandão por Alexandre Beanes:

Denso. Estranho. Sábio.
Jards e os irmãos Coen.
Um cronópio na loucura diária.
Alguém que anda por aí e olha detalhes.

Vê as coisas menores.
O mais sensato entre os admiradores de novembros.
Amigo.

Gil é único!

8 comentários:

Lubi disse...

Gil, que bom te ter aqui. que bom te ter conosco, novamente. :)

sei como é essa sensação de Agora.

um beijo.

J.F. de Souza disse...

agora
já foi

Nanna disse...

Nunca é tarde para entrar na chuva e se molhar...
;)

moacircaetano disse...

Agora.
Sempre.

Rayanne disse...

O poema é líquido sob a pele. **Estrelas**

Marina disse...

Agora
Não há mais tempo.


Beijos, Gil.

Leandro Jardim disse...

que bela imagem
essa de desperdício e tempestade
é como se sol fosse o vício
do vento da tarde
--
salve!

A czarina das quinquilharias disse...

que saudade de ler os poemas do Gil :}