Um dia Deus acordou se sentindo estranho.
leve demais... vazio demais...
uma tranquilidade, uma paz...
Tentou pensar no que lhe acontecia
mas não podia!
Algo em seu cérebro estava imperfeito.
Não se sentia onipotente, onisciente...
Algo não estava direito!
Tentou ouvir as milhares de preces diárias,
as súplicas, as lágrimas várias,
os cânticos de dor e de agradecimento,
o coro infinito e lamuriento
dos pobres seres humanos....
Mas devia haver algum engano!
Nada, nada estava lá.
Nem as procissões, nem o professar
da fé em corredores escuros,
nem os confessionários,
nem os doadores milionários,
nem os dízimos suados de quem não tem pra dar.
Nada de sacrifício de cordeiros,
nenhum ritual de auto-imolação,
nenhum homem-bomba em ação.
Não ouvia ninguém nos confessionários,
nem a oração dos santos,
nem os pedidos de perdão dos salafrários.
Tudo completamente mudo.
Toda a balbúrdia de seu mundo
transformada num silêncio enlouquecedor.
E foi-lhe aumentando um temor...
E a conclusão surgiu, dura e fria:
nesse dia,
Deus descobriu que não existia!
3 comentários:
E tudo isso, era o pensamento de uma pessoa que na verdade procurava em si, e não encontrava nada, porque todo o seu ser, pertencia a Deus!
Gostei daqui!
Boa Páscoa.
Eu queria estar lá pra ver... rs
Beijo.
à Vossa imagem
e semelhança
há também
a indiferença
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