domingo, setembro 12, 2010

hipérbole não definida


E essa vontade de esvair-me em cada palavra dita. O pesadelo diário em perceber que me tornei um amontoado de dias, horas, segundos. Sempre manhãs e noites entre os meus pensamentos e minhas ausências de mim mesma. Não estou nos livros que leio, nem nas roupas que visto. Existir tornou-se um fardo. Percebo que acabo em cada anoitecer, acordar é mecânico. É como se meu corpo estivesse em um loop esquecido. Desordenado, descompasso… uma hipérbole não definida. Pra mim, deixei de existir.
E por pior que tudo possa parecer, resolvi amá-lo. Sim, eu o amo. Com todas as possibilidades inviáveis que cabem entre cada letra: a, m, o,  r.
Eu o amo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Thank you, that was extremely valuable and interesting...I will be back again to read more on this topic.

A czarina das quinquilharias disse...

escrito (sístole) com o co(diástole)ração.
<3

J.F. de Souza disse...

o amor
não nos define;

por várias vezes
nos faz
definhar