quarta-feira, dezembro 12, 2007

Procuro
o lugar.

Lar,
doce motivo,
meu lar.

A constante,
verdadeira
razão.

Pra eu voltar,
sem perder-me,
sem mais partidas.

Acalentar
os mares internos
na cumplicidade.

Brincar de mim mesma,
dispensando explicações.

Aceitar o conforto
do insubstituível respeito.

Escolher
meu próprio significado
sem disfarçar desejos.

Livrar-me desse peso
que tão bem
desconheço.

Esquecer de desculpar-me
por antigas esperanças.

Acender a lareira,
ou mesmo o cigarro,
e depois sonhar.

Versar o amor,
simples e certo.

E ser feliz.

Até que meus dias
se dissipem,
e eu me torne
uma história de fé.

(fevereiro 2006)

Um comentário:

Anônimo disse...

quase épico!
lindo lindo!