domingo, abril 25, 2010

desde o dia
em que meu templo
veio abaixo

eu me ponho a
cavar
buracos
como quem cava
sua própria cova

finjo que perdi a fé
enquanto trabalho
o alicerce

e preservo
o que de bom
sobrou

o que sobrou
de pé

7 comentários:

Marrí disse...

A tua poesia SEMPRE fala comigo...

Cuidado Jota, é cavando
que podes perfurar o que tem no centro
E desaguar, despovoar
a 'nossa'(de quem?) terra.


º Pra lá de abundância º

Ariane Rodrigues disse...

eu aplaudo
de pé

gil disse...

Ótimo !

A czarina das quinquilharias disse...

uma esperança :)

Marcos Côrtes disse...

Processo de perda, processo de (re)contrução? No final, aprenda a rir de suas cicatrizes, elas indicam que você viveu e, que sabe, foi vivido.


gostei, simples, e com tudo que se deveria sentir sobre prédios destruídos.

Abs ;)

Anônimo disse...

lindo, Jeff.


bjo.

Marina disse...

quem sabe nascerá um novo templo :)

espero que sim!


bjuss