quinta-feira, abril 15, 2010

Eu ando as calçadas altas da madrugada,
essa teia de ruas onde não há uma aranha sequer
para justificar a existência da Cidade.
Por trás dos olhos das casas percebo rostos ansiosos;
o medo a dúvida a procura.
Quentes ares do Senhor Cidadão
precificados num silêncio de depósito.
Sobreviver na cidade é ter a paciência das pedras do calçamento,
acreditar que o caminho possível
é tirar o melhor desses tempos escuros.

2 comentários:

J.F. de Souza disse...

abstrações
em meio
a tanto concreto

Anônimo disse...

Uma lição que todos nós deveríamos aprender...

Beijo.