quinta-feira, maio 27, 2010

O Tempo
longos filamentos
vagueando no horizonte
este grande mar bravio
que não pode ser vencido.

Lanternas
em meio ás quais eu mergulho de olhos abertos
esperando, como criança alucinada
que não se apaguem tão cedo.

Encruzilhadas
povoadas por estes pequenos seres
velozes, cheios de fúria
que se aproximam sorridentes
atrás de objetivos insondáveis
e de repente se vão
e submergem como sombras em um lago.

Madrugadas
cheias desses pequenos, ridículos sonhos
que nunca levam a lugar algum.

3 comentários:

Mariah disse...

se os sonhos não levam
o que leva então?

moacircaetano disse...

Sonhos raramente levam a algum lugar, ao menos pra mim...
Logo se perdem em névoas e esquecimento...
Mas como é estranho quando algum nos alcança...

J.F. de Souza disse...

às vezes, nos perdemos neles.