Sou um “poêmio” sem conserto,
passo as noites na esbórnia,
rodeado de idéias perdidas
nos cabarés enfumaçados,
tragando maços de palavras
entre goles de letras doces.
Tomo meus porres semânticos,
embriago-me com expressões,
enquanto mastigo, ansioso,
verbos irregulares ao molho,
beijando umas frases chulas
ao som de verborragias mil.
Esqueço de tudo nessa hora...
quando o tempo engole o relógio,
e um turbilhão de idéias me toma
numa efervescência imaginativa,
que precede as fortes náuseas,
véspera, do vômito proverbial.
E nesse vício eu me consumo
até a hora de voltar pra casa...
quando degusto a última página
e saio trôpego entre as linhas
que vão dar na minha porta:
abro-a, entro, então acordo.
terça-feira, junho 20, 2006
Poemia
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12 comentários:
, grande poeta! & assim entre noitadas em cabarés enfumaçados, consume bastante.
prepara os ingredientes de a magia...
|abraços meus|
Muito bom!
Seriamos nós 7 poêmios?
Porque minha identificação foi total!
abraços!
E nessa poemia embriago-me com seus versos-canções...
[É um dos meus preferidos, esse!]
Amo você.
Beijos de tudo!
:)
É, acho que somos sete "poêmios"!
Lindo, Múcio!
Beijão.
Agora quem fica de pé sou eu!
:**
poemia...
aqui me tens de regreeeessooo!!!!!!
é esta fome e esta nunca-saciedade. será isso que nos move?
se for tá bom! rs
beijo
palmas!! de cair o queixo.
Vem Múcio
poe ma(i)s
e
JAZ
a taça vazia.
Excelente!!! Você escreve muito bem! Vou passar a ler os seus textos mais vezes... Parabéns!!
Bendita embriaguez! Bebi e amei seu texto, parabéns!!!!
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