Eu vou sair por aí
descabelada e descalça
estriada e deixando atrás
em rastro de papel
de sonho de valsa.
Eu vou sair por aí
rouca e famélica,
portando o olhar desvairado,
navalha bélica
de lâmina falsa.
Eu vou sair por aí
Com olhos inchados, os braços inchados,
linha se espichando do carretel.
Eu vou sair por aí,
sem medo e sem nada
boneca de madeira
sem conto-de-fada
sem calcinha e sem véu
e vou sair procurando
motivo pra descer cantando
essas mesmas ladeiras
que não levaram pro céu.
6 comentários:
bons motivos.. descer a escada que não vai pro céu... e seguir...
demais!!
beijo. ótima semana aos 7.
Nossa, Cza, que forte e belo!
E que bela aquisição pras nossas Cabeças!
Gostei bastante do poema.
Arte em devaneio, traduzindo, acima de tudo, liberdade.
Dá idéias de peito cheio de ar puro e uma vontade louca de gritar.
Parabéns...
Abraços à Czarina e a vcs todos, com menção especial a Nanna, pela acolhida.
Carlos
Ah...tbm detesto segundas-feiras!
Eita, que belezura!
me leva contigo, hã?
lindo poema!
:*
e bota inspiração nisso.. viciei nesse blog. bjs
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