sábado, outubro 20, 2007

Banquete

Primeiro foram as unhas.
Hábito inofensivo.
Quase todo mundo tem...
Comer unhas não faz mal a ninguém!

Um dia,
sem que ela se apercebesse
comi alguns cabelos...
apesar de seus apelos.

E que carne macia...
Nada mais me satisfazia.
Nada atrapalhava nossa paixão
(exceto as algemas
e o quarto sem ventilação).

Hoje, dezessete dias depois
degustei seu coração.
Ingrata!
Fala comigo mais não!

7 comentários:

Anônimo disse...

minhanossa, que antropofágico.


beijos

Carlos Henrique Leiros disse...

Poema sem rodeios...
Direto, pungente, como dor que não se consegue calar!
Aprovo!
Abraço, Moacir.
Carlos

Fernanda Passos disse...

rsrsrs.
amo poesias com atos canibalescos.

mg6es disse...

muito bom, muito bom, MESMO!


grande Moacir!

[]´s

A czarina das quinquilharias disse...

muahahahaha!
medo do moacir, muito medo
:p

Marcos Côrtes disse...

Pelo menos come as pessoas. Há pessoas, que nem tocar, pode não...

A alma antes de tudo, é o corpo, ; )

Anna Flávia disse...

ui! mandou bem! ;D
muito massa!