quarta-feira, outubro 17, 2007

Re(des)encontro

Quando a vida se torna repetitiva...
Quando todos os caminhos se perdem...
Quando as decisões se confundem...
Quando o que resta é fugir...
É aqui.
Nesse exato momento.
No eterno milésimo desses segundos.
É aqui.
Onde me apago,
e me apego.
E me consumo,
e me oculto.
Meu constante re(des)encontro.
E lembro que nunca mais morri.
Ou matei de novo.
É aqui.
Onde a dúvida será enforcada;
o fracasso ficará em pedaços;
a covardia, dilacerada;
o medo morrerá afogado;
a dor levará oito tiros.
É aqui.
Onde eu me torno
inocente dos meus crimes.
Assim,
culpada por ser humana...

(15.08.05)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que intenso.

"É aqui.
Onde a dúvida será enforcada;
o fracasso ficará em pedaços;
a covardia, dilacerada;
o medo morrerá afogado;
a dor levará oito tiros."

Adorei a morte de tudo isso.

Beijo