Esconde a razão
Que disfarça a urgência
De cessar o motim
Dominador do sossego
Cobiça da alma
Em silêncio
Do momento secreto
Que impede o embaraço
Causado pelo pranto
Oculto pelo júbilo
Anunciando a tempestade
De silêncio
À privação da palavra
Que descreve o sentido
Misterioso do discurso
E mistura sons e ruídos
No íntimo
Do silêncio
Onde assim eu confesso
E então me despeço
Da intensa angústia
De toda a balbúrdia
E me protejo, e me resguardo
No etéreo silêncio.
(maio 2005)
3 comentários:
...
beijo
Olá, Nanna;
De volta aqui, deparo-me com mais um dos seus ótimos escritos, onde o trato com a palavra se torna uma constante.
Lembrei-me de lampejo d'O Martírio do Artista, não pelo conteúdo, mas principalmente pela alusão que me permite fazer o seu poema.
E no seu blog, quando posta?
Abraços do
Carlos
belo, belo, bela!
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