quinta-feira, novembro 22, 2007

A solução

O açucar
que eu misturei no café
se desfez
completamente

E a doçura se sobrepôs ao amargo


Pensei nisso enquanto via escorrer
ralo abaixo
mais um trabalhador ranzinza
Mais um dia de trabalho
cinza
Todo suor que perco
e todo sal que eu ganho em troca

Era eu
me dissolvendo mais um pouco
e querendo me sobrepôr a todo esse amargo da vida


Mas --que merda!
Eu não sou doce!!!

7 comentários:

Anônimo disse...

Mas poucos s�o doces. E eu, sinceramente, dou gra�as a isso! Sabe aquela frase que diz que doce demais enjoa? � a pura verdade! Um meio-amargo, ent�o, seria o ideal! Coisa de dia, de caf� de a�car...

Leandro Jardim disse...

hehe, bacana!

Esse é o grandessíssimo Jeff!

abs
Jardim

A czarina das quinquilharias disse...

tem certeza?

Anônimo disse...

Poizé... não somos doces, mas temos de, diariamente, nos dissolver nesse café amargo que é o trampo, rssssssss

Belo post o/

Abraços o/

Carlos Henrique Leiros disse...

Parece-se com a vida de um trabalhador e sua rotina diária, fazer café e comida, lavar louça, atividades prosaicas que a maioria das pessoas tem como dever.
O poema é agudo, capta bem o amargo da vida domada.
Abraços do
Carlos

mg6es disse...

pior é ser diabético.

[]´s

Renata de Aragão Lopes disse...

Pois eu sou:
DOCE DE LIRA! (risos)

Desta vez,
eu e você
falando sobre o ralo...

A inspiração
é comum a todos,
por morar no cotidiano.
É o olhar de cada um
que faz surgir,
enfim, a arte.

Gostei da sua! : )
Um abração.