O açucar
que eu misturei no café
se desfez
completamente
E a doçura se sobrepôs ao amargo
Pensei nisso enquanto via escorrer
ralo abaixo
mais um trabalhador ranzinza
Mais um dia de trabalho
cinza
Todo suor que perco
e todo sal que eu ganho em troca
Era eu
me dissolvendo mais um pouco
e querendo me sobrepôr a todo esse amargo da vida
Mas --que merda!
Eu não sou doce!!!
7 comentários:
Mas poucos s�o doces. E eu, sinceramente, dou gra�as a isso! Sabe aquela frase que diz que doce demais enjoa? � a pura verdade! Um meio-amargo, ent�o, seria o ideal! Coisa de dia, de caf� de a�car...
hehe, bacana!
Esse é o grandessíssimo Jeff!
abs
Jardim
tem certeza?
Poizé... não somos doces, mas temos de, diariamente, nos dissolver nesse café amargo que é o trampo, rssssssss
Belo post o/
Abraços o/
Parece-se com a vida de um trabalhador e sua rotina diária, fazer café e comida, lavar louça, atividades prosaicas que a maioria das pessoas tem como dever.
O poema é agudo, capta bem o amargo da vida domada.
Abraços do
Carlos
pior é ser diabético.
[]´s
Pois eu sou:
DOCE DE LIRA! (risos)
Desta vez,
eu e você
falando sobre o ralo...
A inspiração
é comum a todos,
por morar no cotidiano.
É o olhar de cada um
que faz surgir,
enfim, a arte.
Gostei da sua! : )
Um abração.
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