-E aí, compadre, como vai a vida?
-A mesma vida de sempre, vista e vivida.
-Mas não tem nenhuma novidade?
-Apenas o de sempre: vida que dói e arde!
-Mas, compadre, a vida é muito boa!
-Só se for pra quem vive à toa...
Não pra quem, como eu,
vive de salário mínimo
e finge não ser ateu.
Não pra quem se esconde
atrás da multidão, todo dia;
não pra quem se anula
no meio da romaria;
não pra quem tem três filhos
e não sabe se vai conseguir
fazê-los uma família.
...
-Então, compadre, o que se pode fazer?
-Trabalhar, trabalhar, trabalhar
até um dia morrer.
3 comentários:
Sabe o que me lembrou esse belo poema, a música de Paulinho da Viola "Sinal Fechado".
Muito bom!
Beijos
fantástico!
Grande Moacir!
Grande poema!
(Volto aqui, pra pitacar em cima desse, ainda...)
1[]!
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