terça-feira, março 27, 2007

cantilena para uma noite fria

quanto mais escrevo,
mais pálida a página fica,
a perguntar ao incenso
o que tanto silêncio,
em signo, significa.
quanto mais atrevo,
mais a treva aumenta,
e a coisa vai ficando
cada vez mais cara,
cada vez mais séria,
ah, quem me dera
fosse Guanabara
essa minha Sibéria.

9 comentários:

Sandra Regina disse...

Sinto-me em plena Faixa de Gaza... tamanha é agitação desses dias... Bom ler seus versos... São sempre (inspira)dores... Ah, poeta!!! Fica com meus beijosssss

Juliana Pimentel Pestana disse...

Eu começo a ler e vou tentando desvendar de quem é o texto... alguns versos e certeza: é ele!
A força das palavras as torna quase verdade absoluta. E eu acredito... e espero contigo a Guanabara.

Bjos meus.

Augusto Sapienza disse...

Eu queria deixar meu coração na Sibéria para esfriá-lo e minha alma na Guanabara para acalentá-la...
Bom texto...
Um abraço

Bruno Cazonatti disse...

Maravilhoso...

Abraço
Brunø

Césped Vesper disse...

Maravilhoso mesmo!
Não há outra palavra!

Anônimo disse...

Lindíssimo.

Anônimo disse...

Muito, muito lindo, Múcio!

Beijos :)

Leandro Jardim disse...

perfeitinho como só o Múcio!

Marina disse...

Já disseram tudo! :P

Beijos de fã!