quarta-feira, março 07, 2007

o amor finge chegar pela janela
de passagem sem jeito, sem trela
com a brisa, traz sua alva poeira
sujando os móveis antigos do meu coração menino
com ele vem a lágrima que me rasga o rosto
e as longas horas de desprezo do sono
tranco portas e vidraças da alma
para que meu interior frágil não invada
corre seus pés descalços no sentimento incerto
me traz à alma os erros mais corretos
e constrói um leito de cores e flores
fingindo libertar de vez todas as dores
o amor chegou com uma opção plausível
me convencendo de sua verdade impossível

Bruno Cazonatti
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Ele é uma doçura em forma de letras...
E você pode conferir todas elas
no http://acidopoetico.wordpress.com .

6 comentários:

Leandro Jardim disse...

"o amor chegou com uma opção plausível
me convencendo de sua verdade impossível"

finalzinho genial para um muito bom poema!

abraços
Jardineiros-os-os-os

Marla de Queiroz disse...

O amor chegou...tão bom quando ele chega, venha o que vier...
Dói é quando ele se vai.
Lindo poema!

Marina disse...

Lindo!

E o final, como disse o Jardim, genial! :)

Beijos aos dois!

Anônimo disse...

o retrato do ilusionismo mais potente que conheço, o amor.
e muito bem retratado.

Anônimo disse...

Ah... esse camarada é o que há!
Adoro!

Bjos.

Anônimo disse...

e ele chegou pra ficar!
bjs!