Às quatro da manhã a morte chegou...
Não me assaltava o corpo
não me levava os olhos
nem me aspergia a alma.
Apenas me pedia entrega
e calma.
Mas uma obsessão sem jeito
me dilacerava o peito...
o som dos cupins roendo a madeira me assustava
e o sono se foi...
traidor!
Não, não era ainda a minha morte
nem de algo que me importe.
(e nem sabia quando seria)...
era apenas uma visita informal,
um presente, uma cortesia.
Soprou em mim seu bafo gelado,
deu um beijo em minha mão
e me disse que um dia
com certeza voltaria
plantando o medo em meu coração.
"Dessa vez você pode dormir
mais um pouquinho, meu bem...
mas com um olho aberto!
Eu aqui cuidarei de ti,
sempre rondando...
sempre por perto..."
6 comentários:
pode cuidar da ferida, morte, isso é coisa da vida!
[]´s
uuuuuuuuuuui!
um belo poema que gela-nos!
abraço
Jardineiro
Que força, Moacir.
"Mas uma obsessão sem jeito
me dilacerava o peito..."
Gostei mto do poema. Parabéns! ;-)
Bjos meus.
Uau!!! Muito bom, Moa!!! Beijos mil!!
Sempre por perto...
Muito bom, Moa!
Beijoss
Em cada versos um suspiro.
Belo como sempre.
:*
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