Tenho asas, mas não vôo.
E força terrível me prende à terra.
A gravidade, mil vezes multiplicada,
guarda em si minha fluidez
e em sua cúpula me encerra.
E mesmo que eu grite, pássaro,
enfraqueço-me, súbito,
e entrego-me à inércia.
Continuo minha vida.
Com a fúria de quem chora.
Com a tristeza de quem versa.
5 comentários:
Pés no solo, cabeça nas nuvens...como é difícil, as vezes, transitar entre esses diferentes meios...
Belo!
Marcia
Ícaro era assim. ousou, voou, deu no que deus...
bom Moa!
[]´s
tristinho como há tempos não
mas bom né
:*
grávido de iéias,
graves pensamentos
e bons poemas que ardem
o tema da gravidade,
a poesia do Moa
vem, toca, voa,
é tão boa que invade.
abs
Jardineiros
teus versos bailaram em meus pensamentos.
emocionante!
um beijo.
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