Pessoas queridas
É interessante a maneira como novas poesias se aproximam, e com a poesia de Guilherme não seria diferente. Denso e ácido ele transforma em emoções os versos que escreve.
Aprecio a pouco tempo e não mais deixarei.
...........
Que a noite não me escute
Que a noite não me escute
e que dela eu não me enoje.
Pois hoje,
como sempre fiz,
deitarei calmo
e cheio de graça.
Que a memória não me chame
ou, perto de mim, reclame
por coragem,
por lucidez,
por aquele que freme,
freme diante do nome.
Pois hoje,
que dormirei um século,
é a ontologia que me aguarda
nas suas recônditas moradas.
Que o asco não me afaste
com dez mil esgares
dessa negra e venenosa taça.
E que na madrugada,
que nos grita: Acorda! Acorda!,
eu me transpareça e me transborde
camada ante camada.
E tu, glauca alvorada, não te apresses
não te adiantes ou se levante,
pois hoje
quem traz nessa fundura
(do peito
do corpo
do verso)
uma mágoa agrilhoada
sou eu e não essa tua face
nobre, límpida e desegregada.
e que dela eu não me enoje.
Pois hoje,
como sempre fiz,
deitarei calmo
e cheio de graça.
Que a memória não me chame
ou, perto de mim, reclame
por coragem,
por lucidez,
por aquele que freme,
freme diante do nome.
Pois hoje,
que dormirei um século,
é a ontologia que me aguarda
nas suas recônditas moradas.
Que o asco não me afaste
com dez mil esgares
dessa negra e venenosa taça.
E que na madrugada,
que nos grita: Acorda! Acorda!,
eu me transpareça e me transborde
camada ante camada.
E tu, glauca alvorada, não te apresses
não te adiantes ou se levante,
pois hoje
quem traz nessa fundura
(do peito
do corpo
do verso)
uma mágoa agrilhoada
sou eu e não essa tua face
nobre, límpida e desegregada.
7 comentários:
Adorei! Vou lá conhecer o blog! :)
Beijos
Nossa!
Denso!
rapaz... li várias vezes!
poeMa[r]ço!
bjos!
aparentemente gostaram do poema. :]
A noite perdura
A mágoa não se foi
Mas, ao menos, fugiu
(Ou se escondeu, sei lá)
E eu pude viver
Ao menos
Até o amanhecer...
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Não tinha parado pra ler este ainda...
Mas... É MARAVILHOSO! Denso, do jeito que eu gosto! =)
Meus parabéns ao Guilherme, pela bela participação!
E meus parabéns à querida Aline, por trazer ao meu conhecimento este belíssimo escrito!
Abraços!
Muito bom mesmo!
Marcia
Poema bonito, com aquela beleza triste que toca recônditos da alma bem comnhecidos de cada poeta ou leitor que um dia debruçou-se sobe versos... pode-se dizer, uma ode aos sensibilidade que aflora... e se aflora, é flor o que traz agora!
abs
Jardim
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