Nããããoooooo!!!!!!!!!
Paparazzi não!!!!!!!!!
Quero, sim, o dinheiro,
vida boa o tempo inteiro,
carros, mimos, mulheres,
jantar de dois mil talheres
e os gritos da multidão.
Mas não quero a super-exposição!
Ninguém mais pode ganhar em paz seu milhão?
sábado, maio 31, 2008
quinta-feira, maio 29, 2008
vide bula
ouça o que eu falo:
não tenho estilo,
tenho estalo.
Gotas:
Múcio
terça-feira, maio 27, 2008
Extrañamientos
1.
Não estou só quando
tenho meu papel
para o diálogo frio,
ou quando a esperança,
ou o medo de que não venha
a mudança tão cedo:
ando atrás da nossa lenha.
2.
Comi as empanadas,
as janelas, as vantagens,
até as calçadas, largas
avenidas, curtos alívios
da fome de ti, querida.
3.
São os meus silêncios, amor,
que me lembram teu dezembro,
trazendo em calafrios a estação
que não me sai do pensamento:
você, a quem meus olhos
ainda verão.
-------------------------
Abril de 2008
(da série Poemas Porteños)
Não estou só quando
tenho meu papel
para o diálogo frio,
ou quando a esperança,
ou o medo de que não venha
a mudança tão cedo:
ando atrás da nossa lenha.
2.
Comi as empanadas,
as janelas, as vantagens,
até as calçadas, largas
avenidas, curtos alívios
da fome de ti, querida.
3.
São os meus silêncios, amor,
que me lembram teu dezembro,
trazendo em calafrios a estação
que não me sai do pensamento:
você, a quem meus olhos
ainda verão.
-------------------------
Abril de 2008
(da série Poemas Porteños)
Gotas:
Leandro
domingo, maio 25, 2008
Decadente*
D e s e s t a b i l i z a d o
I m p o s s i b i l i t a d o
E s q u i z o f r ê n i c o
I r r e s p o n s á v e l
E s c l e r o s a d o
E s t u p o r a d o
D e b i l i t a d o
F r e n é t i c o
E s q u i s i t o
R i d í c u l o
C h a t e a d o
D e t o n a d o
E s g o t a d o
C a n s a d o
E x a u s t o
S ô f r e g o
T r ô p e g o
H u m a n o
B ê b a d o
I m u n d o
T o r p e
M u n d o
P o r c o
M o r t o
A c a b a
T u d o
P i o r
N a d a
S i m
F i m
N ã o
S ó
Eu
I m p o s s i b i l i t a d o
E s q u i z o f r ê n i c o
I r r e s p o n s á v e l
E s c l e r o s a d o
E s t u p o r a d o
D e b i l i t a d o
F r e n é t i c o
E s q u i s i t o
R i d í c u l o
C h a t e a d o
D e t o n a d o
E s g o t a d o
C a n s a d o
E x a u s t o
S ô f r e g o
T r ô p e g o
H u m a n o
B ê b a d o
I m u n d o
T o r p e
M u n d o
P o r c o
M o r t o
A c a b a
T u d o
P i o r
N a d a
S i m
F i m
N ã o
S ó
Eu
escrito em 6 de julho de 2004
Gotas:
JF de Souza
sábado, maio 24, 2008
Em Obras
Desculpe-me o transtorno.
Estou sendo feito,
saindo do forno.
Estamos em reforma
para melhor atendê-los.
Vida desenrolando-se
em novelos.
Mais aguns instantes
e entraremos no ar.
Resta saber o que tocar.
Estamos em obra
por tempo indeterminado.
Sou meu próprio canteiro
de obras, interditado.
Desculpe-me a chateação.
Agora é a poeira,
mas é assim uma construção.
Vai valer o sacrifício.
Depois de tanto incômodo,
ficam os benefícios.
Estou sendo feito,
saindo do forno.
Estamos em reforma
para melhor atendê-los.
Vida desenrolando-se
em novelos.
Mais aguns instantes
e entraremos no ar.
Resta saber o que tocar.
Estamos em obra
por tempo indeterminado.
Sou meu próprio canteiro
de obras, interditado.
Desculpe-me a chateação.
Agora é a poeira,
mas é assim uma construção.
Vai valer o sacrifício.
Depois de tanto incômodo,
ficam os benefícios.
Gotas:
Moacir
quinta-feira, maio 22, 2008
o risco de francisco
que as águas de março
lavem as mágoas do Velho Chico;
se é verdade que o rio vai,
digam ao bispo que fico.
lavem as mágoas do Velho Chico;
se é verdade que o rio vai,
digam ao bispo que fico.
Gotas:
Múcio
terça-feira, maio 20, 2008
Otros aires
Borbulha o gás da água
e da rua, que reflete-
se em meu copo.
A beberia a ver
o que veria, mas já não
me compete o que haveria
no ontem e mais à frente.
Além da via daquela noite,
que não segui,
e alheia a mim
foi-te.
-------------------------
Abril de 2008
(da série Poemas Porteños)
e da rua, que reflete-
se em meu copo.
A beberia a ver
o que veria, mas já não
me compete o que haveria
no ontem e mais à frente.
Além da via daquela noite,
que não segui,
e alheia a mim
foi-te.
-------------------------
Abril de 2008
(da série Poemas Porteños)
Gotas:
Leandro
segunda-feira, maio 19, 2008
(one night stand)
se não estamos dividindo saliva
ele está
cuspindo clichês.
ele está
cuspindo clichês.
Gotas:
czarina
domingo, maio 18, 2008
Olho em minha volta
Em minha vida
e...
Tudo
parece
fracasso
O que é que eu faço agora?
Dou meia-volta?
Vivo meia-vida?
É duro de admitir
que se viveu pela metade
a vida inteira...
Tudo
parece
fracasso
Em minha vida
e...
Tudo
parece
fracasso
O que é que eu faço agora?
Dou meia-volta?
Vivo meia-vida?
É duro de admitir
que se viveu pela metade
a vida inteira...
Tudo
parece
fracasso
Gotas:
JF de Souza
sábado, maio 17, 2008
Silêncio
Hoje não tem poesia.
Pois hoje
não quero anestesia.
Hoje quero a dor inteira
pra me lembrar
das minhas asneiras.
Hoje não quero paz
nem fantasia.
Por isso hoje
não tem poesia.
Pois hoje
não quero anestesia.
Hoje quero a dor inteira
pra me lembrar
das minhas asneiras.
Hoje não quero paz
nem fantasia.
Por isso hoje
não tem poesia.
Gotas:
Moacir
quinta-feira, maio 15, 2008
das ironias
a cirurgia plástica,
coisa infeliz:
arrancam-se
os olhos da cara
para se corrigir
um nariz.
queridos amigos, estarei lançando amanhã O avesso e o verso, meu livro. vontade sem tamanho de trazer todas as cabeças, pero, bem sei que estarão presentes. portanto, a quem for/estiver em Recife: Riachuelo, 267, Boa vista. 18:32h. grato e feliz! pedidos: oavessoeoverso@terra.com.br
coisa infeliz:
arrancam-se
os olhos da cara
para se corrigir
um nariz.
queridos amigos, estarei lançando amanhã O avesso e o verso, meu livro. vontade sem tamanho de trazer todas as cabeças, pero, bem sei que estarão presentes. portanto, a quem for/estiver em Recife: Riachuelo, 267, Boa vista. 18:32h. grato e feliz! pedidos: oavessoeoverso@terra.com.br
Gotas:
Múcio
quarta-feira, maio 14, 2008
ode ao casamento II
seu gemido
(peculiar)
todas as manhãs
me desperta
mas é fome
e não tesão...
Gotas:
Aline
terça-feira, maio 13, 2008
Jardín Japonés: Un Día de Abaporu
Apesar de Japonês
o Jardim (não eu,
o ponto turístico de Buenos Aires)
lembrou-me minha natal Copacabana:
aquelas bocas pedintes
de peixes, como meninos,
contrangendo-me à despeito da paisagem.
Antes havia eu visto Tarsila,
a Viajeira,
justo num museu da Argentina,
pela primeira vez.
Era novamente outro eu ali,
nem brasileiro sendo: mais
um Jardim estrangeiro
pelos dias que vivi.
-------------------------
Abril de 2008
(da série Poemas Porteños)
o Jardim (não eu,
o ponto turístico de Buenos Aires)
lembrou-me minha natal Copacabana:
aquelas bocas pedintes
de peixes, como meninos,
contrangendo-me à despeito da paisagem.
Antes havia eu visto Tarsila,
a Viajeira,
justo num museu da Argentina,
pela primeira vez.
Era novamente outro eu ali,
nem brasileiro sendo: mais
um Jardim estrangeiro
pelos dias que vivi.
-------------------------
Abril de 2008
(da série Poemas Porteños)
Gotas:
Leandro
segunda-feira, maio 12, 2008
das tragédias
Na desertidão abafada
No silêncio suspenso
do depois da catástrofe
Vê:
a silhueta ao longe
o poeta ainda anda
por entre os escombros
se abaixa
cata estrofes
e vai se curvando
com seu peso nos ombros
No silêncio suspenso
do depois da catástrofe
Vê:
a silhueta ao longe
o poeta ainda anda
por entre os escombros
se abaixa
cata estrofes
e vai se curvando
com seu peso nos ombros
Gotas:
czarina
domingo, maio 11, 2008
High-cai
I'm so sorry
I could not
reach the sky
I could not
reach the sky
Gotas:
JF de Souza
sábado, maio 10, 2008
Andam à luz...
Um cão nunca ladra só.
Há sempre algo de co-
operação com seus pares.
Um inicia o processo
e logo outro, possesso,
imita-lhe os ladrares.
Então outro se anima
e forma-se essa linha
ligando-se todos os lares,
invadindo-me os sonhos,
assaltando-me o sono,
tornando areia os ares.
Logo ladra o mundo inteiro,
de janeiro a janeiro,
vinte e quatro horas por dia.
E eu, insone agonia.
Cães, não tem o que fazer?
Acaso dormem de dia
pra roubarem-me a noite?
Ah, quem me dera deter
o poder de alforria
sobre milhares de açoites...
Daí, então - cães - teria,
motivo de alegria
ao destroçar-lhes o lombo.
E, feliz com meu dormir,
ouviria-os ganir
de dor, enquanto meu sono
beija-me em doce abandono.
Há sempre algo de co-
operação com seus pares.
Um inicia o processo
e logo outro, possesso,
imita-lhe os ladrares.
Então outro se anima
e forma-se essa linha
ligando-se todos os lares,
invadindo-me os sonhos,
assaltando-me o sono,
tornando areia os ares.
Logo ladra o mundo inteiro,
de janeiro a janeiro,
vinte e quatro horas por dia.
E eu, insone agonia.
Cães, não tem o que fazer?
Acaso dormem de dia
pra roubarem-me a noite?
Ah, quem me dera deter
o poder de alforria
sobre milhares de açoites...
Daí, então - cães - teria,
motivo de alegria
ao destroçar-lhes o lombo.
E, feliz com meu dormir,
ouviria-os ganir
de dor, enquanto meu sono
beija-me em doce abandono.
Gotas:
Moacir
quinta-feira, maio 08, 2008
papel passado
houve um tempo
em que nossas lembranças
eram incríveis,
lembrávamos um do outro,
éramos infalíveis.
hoje a nossa memória
anda carente de indícios,
as cartas que um dia trocamos
não passam de vestígios
fenícios.
em que nossas lembranças
eram incríveis,
lembrávamos um do outro,
éramos infalíveis.
hoje a nossa memória
anda carente de indícios,
as cartas que um dia trocamos
não passam de vestígios
fenícios.
Gotas:
Múcio
quarta-feira, maio 07, 2008
fato
meu sentir não cabe aqui
em mera grafia
talvez em ti
na ausência de sintonia
em mera grafia
talvez em ti
na ausência de sintonia
Gotas:
Aline
terça-feira, maio 06, 2008
El Árbol
Estável
como o movimento
dos carros que tentam contra a via,
a árvore
- em suas folhas, crescendo sempre -
abraça o bocado de vento,
dando sombra a alguns
e luz ao pensamento.
--------------------------------------------
Abril de 2008
(da série Poemas Porteños)
Gotas:
Leandro
segunda-feira, maio 05, 2008
araçá blues 2
poema antigo, lá do outro blog, mas é que deu saudades.
Há algo de belo que emana
do solo profano
de Araçariguama
(talvez a falta de planos
ou talvez seja só
o cheiro da grama)
Mas não.
É sede
de conversa e de rede
de quatro paredes
de umas latas de brahma
ah :)
eu queria ser feliz assim
pelo menos uma vez por semana.
Gotas:
czarina
domingo, maio 04, 2008
É a festa da torcida campeã
A favor
do time vencedor
se juntou quem pôde
E o Respeito não conseguiu entrar
de novo...
É... Muita gente ficou de fora...
Quem é das organizadas, sabe bem:
compensa mais é ficar à margem
Pois nessa hora
que a margem
vira mar
todo o resto se afoga
Nessa hora, é a lei da Natureza quem manda
E não há batalhão que faça
essa massa
parar...
do time vencedor
se juntou quem pôde
E o Respeito não conseguiu entrar
de novo...
É... Muita gente ficou de fora...
Quem é das organizadas, sabe bem:
compensa mais é ficar à margem
Pois nessa hora
que a margem
vira mar
todo o resto se afoga
Nessa hora, é a lei da Natureza quem manda
E não há batalhão que faça
essa massa
parar...
Gotas:
JF de Souza
sábado, maio 03, 2008
Partida (Chegada)
Estou aqui.
Novamente.
E lhe trouxe de presente
um poema pueril
pra perfumar o teu dia
e iluminar o fim de abril.
Trouxe um abraço da saudade,
desses que vêm tarde,
quando a gente já quase morre.
Vem buscar, corre.
Trouxe um cheiro de avião,
um carinho em cada mão
e um pouco da poeira de longe.
Trouxe um beijo de chegada
e outro que já se esconde.
(despedida...)
Trouxe um ou dois pedaços de vida
escolhidos entre o pouco de mim que restou.
Trouxe o refrão da tua música preferida
e o meu medo de vou.
Novamente.
E lhe trouxe de presente
um poema pueril
pra perfumar o teu dia
e iluminar o fim de abril.
Trouxe um abraço da saudade,
desses que vêm tarde,
quando a gente já quase morre.
Vem buscar, corre.
Trouxe um cheiro de avião,
um carinho em cada mão
e um pouco da poeira de longe.
Trouxe um beijo de chegada
e outro que já se esconde.
(despedida...)
Trouxe um ou dois pedaços de vida
escolhidos entre o pouco de mim que restou.
Trouxe o refrão da tua música preferida
e o meu medo de vou.
Gotas:
Moacir
sexta-feira, maio 02, 2008
origami
nem sempre somos o que queremos ser. um dia, pássaros. um dia, papel amassado no chão. [somos as dobraduras da vida]
Gotas:
Mary
quinta-feira, maio 01, 2008
jaz mim
há quem chame
de dilema,
o que eu
chamo solidão,
isso de transformar
dor em dor,
chão em
chão.
de dilema,
o que eu
chamo solidão,
isso de transformar
dor em dor,
chão em
chão.
Gotas:
Múcio
Assinar:
Postagens (Atom)