terça-feira, agosto 07, 2007

poema sem título para um dia de chuva

acenda a luz
da retina,
acorde
aos seus acordes
a menina,
dos olhos afaste
a neblina,
descarte
o corte seda
da cortina,
ouça do silêncio
a nota mais fina:
tédio -
não se alimenta
de rima.

7 comentários:

Leandro Jardim disse...

puxa, me tocou de um jeito tristinho... muito bonito!

Sir Muito Múcio

Naeno disse...

INSINUAÇÕES

Essa lágrima de prata
Que sinuosa percorre
O leito macio da face dourada
Não me convence mais
Ela já jorrou por mim
Em cada momento torpe
Em muita dor de fachada
E não me convence mais.

Pelo menos uma vez
Dispa-se da vaidade
Sinta uma dor de verdade,
Um amor, uma paixão
Falsidade, sordidez
É tudo jogo de cena
Parece atriz de cinema
Representando uma ação.

Seja sincera,
Seja você realmente
E sinta a dor que se sente
A cada separação
Ou então fique
E viva um momento ardente
Desses que prende a gente
Num ato de sedução.

Evite o choro
Para a representação
Fuja da ostentação
E simplesmente me ame.
Não há desdouro
Em seguir o coração
Pois se querer nunca é vão
Se me quiser me chame.

Um abraço
Naeno

Juliana Pimentel Pestana disse...

só podia ser vc... rs

Sandra Regina disse...

a chuva me molha tardia
minha rima sente falta da sua poesia... com beijos no aguardo do sol

Milena disse...

Gostei muito. E como chove aqui no Recife...

Abraços.

Anônimo disse...

Lindíssimo, como sempre.

Marina disse...

E aqui em minha noite de chuva tua poesia me afaga...

;)