terça-feira, março 25, 2008

PARODISTAS TAMBÉM AMAM

O poema é um fim de dor.
Finda tão parcialmente
Que nega que já findou
A dor que o poeta sente.

E quem lê o que descreve,
A dor finda vê também,
Não a que o poema obteve,
Mas uma nova que vem.

E assim as almas de agora
Ficam sem ver a razão
Dessa paródia calhorda,
Mas feita de coração.

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* Este poema é uma brincadeira com o clássico
Autopsicografia do Fernando Pessoa

6 comentários:

Anônimo disse...

Que bonitinho...
Marcia

Anônimo disse...

hahahahah!
deliciosamente calhorda, como os são os conquistadores!

mg6es disse...

desconfiei no primeiro verso.

calhorda e doce.

Jardim faz bem à Pessoa.

;)

Anônimo disse...

Brilhante, Garden!

Brilhante!!

=*

J.F. de Souza disse...

Meu... Vocês todos estão escrevendo DEMAIS!!!

Jarrrdim! Cara... Isso ficou MAGNÍFICO!!!

1[]!

Anônimo disse...

Ai....muito fofo....
E legal a comparação da dor do poeta com a de todos que lêem e se identificam com o que está escrito. Muito bom, támbém, o fim que nem parece fim...

Vc tá cada vez melhor!!!!!

bjs