sábado, dezembro 20, 2008

Quadrática

Arremessado...
para cima, para o alto.
Lá em baixo,
a terra urra.
Reclama o que é seu.

Porém eu
continuo ali suspenso,
à espera do momento.
No ponto mais alto da parábola.
Na deflexão do movimento.

Por alguns milissegundos,
sem inércia, sem gravidade,
apenas aproveito a paisagem.
Até que a queda
me chame à realidade.

3 comentários:

Adrianna Coelho disse...


tangenciando sonhos

a realidade é raio
nessa esfera
que habitamos.

vira bolha de sabão
e flutua
e não cai:
estoura!

J.R. Lima disse...

estes momentos em que podemos nos permitir voar são alguns dos melhores!

Um abraço!

Anônimo disse...

Acaba sendo... um presente para todos (=

\o/