fui-me antes que o início tecesse a si mesmo
você disse e
eu calei que não sabia mudar meu não-estar
e o ínicio já era o fim
como mares
que minhas lágrimas não pingam
os olhos secos
pela cegueira da poeira do encanto
que liberta[-se]
[d]o que invadiu
num repente num instante
num piscar de olhos
dos moços anônimos
do tempo
dos seus
que eram meus
e que já não são
e já não são a mesma nota nossas vozes
e não são uma nossas carnes
nossas almas
agora
faltando metade
que é você
e
não sou eu
meu coração
canta adeus porque acabou
eu continuo
e verão
quem não sei e quem não sou
o que
se dá de
mim
inabitada
meu coração
conta a deus que acabou
sem crer
e continua pulsando intenso
enquanto
tento
trans[cre]ver
o fim
o fim imposto
que verso
sem querer
renegando cada linha
que se faz nó na minha mão
sejamos nós atados com a vida que ainda resta
sejamos razoáveis, ao menos
e deixa
a solidão
talvez
já me acostumou
já se acostumou com meu ser só
estado
independência
mas você ainda vai sentar
e esperar o amor que virá
e que não foi eu
meu coração despede-se
despedaça-se
sem sangrar:
adeus amor
meu
***
Substituindo a Aline enquanto for necessário.
8 comentários:
Pessoal, leio a Mary há tanto tempo e lembro do Moacir dos blogueiros malditos. como não caí aqui antes? A parte boa é q seguirei vcs daqui por diante. Abraço
Meu músculo de morte sangra...
acho que já conhecia esse.
uma petite mort.
Impressionante.
Lindo, Lubi!
Seja bem-vinda por aqui! :)
Beijoss
dorido.
bonito.
sinta-se em casa, Lubi!
=]
Poxa, substituindo muito bem por sinal. Muito bom, você brinca com as palavras muito bem, massa!
Abraço
Me fez lembrar que eu tenho um coração agora... =(
=*
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