sábado, agosto 08, 2009

Truque

A verdade
é que escrevo sempre os mesmos poemas.
Uns vinte, no máximo trinta.
Como se fossem continuações.
Sequências.
Parte 1. Parte 2. O retorno.
A Poesia contra-ataca.
Mágicas baratas de Hollywood.

Sempre um poeminha à mão.
Pra surpresa da audiência.
E enquanto, boquiaberta,
a platéia se dispersa,
meus olhos cansados
se voltam pra dentro de mim mesmo
e severamente me censuram.

9 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

tão estranha essa sensação da repetição, do mais do mesmo que nos chega quando escrevemos algo.. a vida anda em círculos, ávida por fazer diferente o que é sempre igual dentro da gente...
sábias palavras, rapaz!

beijos...

Anônimo disse...

Eu sempre tenho essa sensação de escrever a mesma coisa.

ótimo poema!

Talita Prates disse...

"Censura"?
Disseram-me recentemente que essa palavra, junto com "culpa", é proibida para poetas!
Bjo e paz.

Sandra Regina disse...

Variações sobre o mesmo poema..rsrs... e funciona, viu? plateia aplaude..r.s.. beijo

Lubi disse...

estava com saudade dos seus escritos, moacir.

mg6es disse...

pqp, moa!

pois nao é que é bem assim, mesmo!

este eu qria ter feito!

aplausos de pé!

poemágico.

=]

A czarina das quinquilharias disse...

é que a gente encuca
com as mesmas coisas
nénão?

Anônimo disse...

Perfeito!


bjos

Anônimo disse...

na escala dos preferidos, esse torna-se o preferido 1 rs

:**