Enquanto ela escorre pelas frestas dos teus dedos
eu a colho
a como
a bebo
em pedaços
em goles
inteira
Primeiro a alma
tão tênue
tão plena
de sonhos
de declarações não ditas
de poesias não escritas
e da tua ausência
Depois as mãos
os cabelos
os olhos e tudo
o que esquecestes
de beijar
de tocar
de despertar novamente
Então a boca e os braços e as costas
as pernas justapostas
que tão porcamente adentras
que tão rude golpeias
e ao fim abandonas
ainda secas e sedentas
E assim invado
o que antes teus domínios
e saqueio, e pilho, e mato
cada um dos teus resquícios
até que reste apenas o gozo
o meu e o dela
a saliva
o suor
os dois corpos
o meu e o dela
satisfeitos
esgotados
dormindo sob teus escombros.
sábado, outubro 14, 2006
BATALHA
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12 comentários:
Belo poema, traz consigo a intensidade de uma batalha de vontades, de corpos, de sentimentos e a merecida recompensa com o sono dos vitoriosos sonhadores...:)
hum, orgástico!
[]´s
Envolvente
sedutora
salvadora!!!!
Maravilhooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooso!
Até me deu sede!
beijos!
Ai, que forte isso! Fiquei com o coração na garganta...
Beijinhos, dear..
:)
Gostoso como uma pimentinha que dá sede!
belo, meu caro!
abraços
Jardinaicos
Moacir!!!! Simplesmente maravilhoso!!!! Lindo, lindo, lindo!!!!!!!!! bjs
Uau! Que batalha!
Espólios de guerra
pertencentes
nem a um
nem a outro
Nessa terra-de-ninguém
vale tudo
para ambos
Amor e guerra. Antiga e, ainda assim, tão atual idéia!
Hmmm...tem a ver com meu post de hj. Mas o teu é muuuito mais poético, autêntico e comovente. Até.
Gosto da verdade em tuas palavras!
:*
TENHO QUE ESCREVER EM LETRAS MAIÚSCULAS, MAS AS QUERIA EM NEÓN. APOCALIPSE É MARAVILHOSO!!!! E ESSA SUA "BATALHA" É DELICIOSA!!! BEIJOS INFINITOS!!!!
Vencedor da batalha invisível,
herói de um amor incrível,
Repousa pleno nos braços dela.
***Estrelas***
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