segunda-feira, maio 14, 2007

ruídos

Em minha lucidez
Escondo ruídos
De quem quebra vasos
Enquanto dorme.
Nada faz sentindo
E o desconexo
Todos os dias
Vem tomar café.
A sonoridade assusta
Como os ventos secos
De um outono cinzento.
Sinto frio...
Aquecemo-me em folha branca
E anoiteço em verso e prosa.

6 comentários:

Marla de Queiroz disse...

"Em minha lucidez
Escondo ruídos
De quem quebra vasos
Enquanto dorme."

Tão bonito isso.

Beijos, linda!

J.F. de Souza disse...

Aline, minha qrida! =)
Ruídos harmônicos, esses que se mostram a nós...
É lindo de ver essas coisas que só pessoas como você fazem: transformar ruídos em verso e prosa...

Bjo! =*

Mário Margaride disse...

Lindo poema Aline!

Esses ruídos surdos, em noites frias.

Se transformarão um dia...em suaves melodias de amor...

Beijinhos

moacircaetano, todo prosa! disse...

Noites se estendem ao longo do dia quando o sol não aquece, por mais que brilhe...

Ricardo Rayol disse...

O desconexo vem todos os dias tomar café... queria eu ter escrito isso. Demais.

Leandro Jardim disse...

Eita coisa bonita!

"E o desconexo
Todos os dias
Vem tomar café."

o desconexo é o belo
feito o sexo, feito o disco
e o vento:
nosso castelo

beiJardins