segunda-feira, janeiro 28, 2008

sampoema sampoerna nem cabeça

pra fejones e ellemos, por motivos dos bons

Que o que a cidade tem de boa
ela tem de imunda
essa cinza tão entranhada
encardida e profunda
que o colorido destoa
no muro grafitado
na rosa que abotoa

cinza que não dissolve nunca,
nem quando a cidade inunda
(só trafegável à canoa)
com qualquer chuvinha
não à toa
pra que ninguém mais a confunda
com uma terra de garoa

7 comentários:

Carlos Henrique Leiros disse...

A visão da rotina é a visão mais acertada, uma vez despojada de sentimentos de ocasião.
Não que a visão onírica das coisas seja deplorável. Nunca!
Mas os poemas racionais costumam falar por si.
Abraço do
Carlos

Anônimo disse...

Olá! Boa segunda-feira!
Partilho da mesma opiniao que o Carlos. Poemas racionais falam por si. Tem quem os despreze pela falta de lirismo. Eu adoro!

bjs e abraços

Anônimo disse...

Ótimos os dois homenageados!

Leandro Jardim disse...

Hehe, muito bom!

Elaine Lemos disse...

Adorei! Bem que você podia ter recitado lá no saraokê! Imagina o que iam achar aqueles que ouviram "... um banho frio... uma pomba no fio..." ou "...luzes piscantes como um grande coração...". Acho que você ia ser vaiada... Hahaha!!!

Beijo!

marcelo nogal disse...

Maldade com minha Sampa, só por que esse ano o sol não passou por aqui... Me sinto até um tanto charmoso no meio desse caos!Viva!

J.F. de Souza disse...

Eu também adorei! Ficou lindo, Czá! (Melhor que o meu...)

Mas... E a "criança manjada"? KD? =P

Bjão!