Tomou nos lábios a palavra
Soprando espiraladas nuvens de letras.
Um grande gole no silêncio,
Como o enúncio de um verso.
Movia-se em sílabas,
de forma onomatopéica.
O dicionário a observava
Solitário na prateleira dos esquecidos
Com os olhos rasos de declarações.
Ela, alheia à angústia das mãos trêmulas,
Dançava movimentos azuis
Demorando-se no tubo de tinta.
(A poesia, não tem pressa.
A poesia,
É um anjo sem asas
Largando no papel
as pegadas
suas lágrimas
ou risadas)
Preguiçosa, estendeu os pés
Tocou a imensidão branca de linhas claras,
E caminhou alguns centímetros.
Sentiu taquicardia.
Arfou alguns instantes.
Tremeu, a poesia.
Rolou linhas abaixo,
Delirou pontos e espaços
E finalizou um beijo,
Pontuando os traços.
Rayanne, diretamente do CONTRATEMPO.
8 comentários:
Inspirador!! Poesia poética a sua, moça...rs.. bjo
Delícia...
dá vontade de ler sem parar...
beijos
Ah, ela arrasa!
Nossa A-R-R-A-S-O-U!
Perfeito
Abraços =)
Excelente poema!
bjosss
Linda poesia!
Linda poesia!
E meus olhos, lentamente se derramando entre as palavras, entre as estrofes, entre suas mãos impressas em sua poesia!
Lindo!
Lindo!
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