sexta-feira, setembro 04, 2009

Seduz

Ladra seu sonho insone,
em saudade, vinagre e doçura.


Adélia Prado


feitiça de longe
amaciando palavras de barro:

flores atacadas por saúvas
cajus travados na garganta
silêncios segredando sonhos.

se me dá uma água de beber
bem no meio do deserto,
o vestido desce ao chão
arrastando nu tecido
(pernas, poemas, estrelas)

escapa das mãos
um primitivo toque cigano
adivinhando o cheiro de vinagres e desejos.

irrigada de águas agridoces,
minha boca amanhece com seu nome dentro.

Iara Maria Carvalho

3 comentários:

Alex Pinheiro disse...

Ca-ra-lhoooo! Muito animal! Muito mágico! Animal, animal, animal!

...

...

Bjs e ge-ni-aaaais invenções!

Rayanne disse...

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
SEM PALAVRAS!

EMBASBACADA!

**estrelas atônitas**

moacircaetano disse...

Especialmente lúdico, essencialmente mágico!