segunda-feira, agosto 14, 2006

Existência

Há dentro
Do me vasto Eu
Uma flor,
Um canto
E um pranto.

Escrevo
Para escutar
Os ecos
Do meu eterno
Breu.

E nego
Todos os dias
A existência
Desta flor.

Porque em mim
Não há perfume
Só há ardor.

9 comentários:

Anônimo disse...

ai Deus... quando acharei adjetivos para as suas poesias Ali??
amo.

André Scient disse...

Eu também nego e tento matar diariamente essa flor que teima em crescer em mim.
Parabéns pela poesia.

Anônimo disse...

São os ares que ardem... Cheiros de beleza de flor...

Belo, Aline!

:*

Leandro Jardim disse...

Pois cante mais que a flor lhe surgirá voando pelos ventos da sua voz!

:*

mg6es disse...

hummm... ar, dor, mar, dou...

belo.

bjo.

Luana disse...

Leio pra nutrir a alma com essas gostosuras daqui...

Beijinhos!
:)

Anônimo disse...

Esse, eu tbm já li!

E é o melhor dentre os escritos teus que já li, na minha opinião!
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Os povos sempre fazem isso:
matam o pouco que há de belo em si
pois parece que se perde
no meio
desse mundo
feio

Maria Morena Maia disse...

O perfume deve existir, posso quase afirmar. Falta, realmente, é apenas encontrar. O poema é de uma boniteza singular. Parabéns. Até.

Anônimo disse...

...e como arde a vida!