terça-feira, agosto 15, 2006

in verso veritas

Todo bêbado traz por dentro
o mesmo ofício de um poeta,
tem sua alma toda, repleta
de uma espécie de tormento.


Cada gota de álcool que entra,
é uma letra da frase que sai.
Nas mãos um tremor ostenta,
palavras o seguem aonde vai.


Todo poeta é um vouyer à espreita,
com sua alma por fora a flutuar.
Sempre em busca da forma perfeita,
noutras almas que vive a espreitar.


Essas almas, que os olhos exploram,
são ricos elementos à sua criação.
E mesmo quando formas extrapolam,
há nelas um rasgo de emoção.


Bêbado, entre letras e garrafas vazias,
tento encontrar o meu caminho.
E quem sabe, não tiro por esses dias,
uns bons versos duma garrafa de vinho.


10 comentários:

Anônimo disse...

Contradição bem posta, é garrafa vazia numa grande poesia. Abraços

Luana disse...

Bebedeiras transformadas pelas poesias maravilhosas que você escreve...

Amo vc...
Beijos de tudo!
:)

Karina Kakai disse...

Passei por aqui! Deixando meu abraço com aplausos! Kk.

Anônimo disse...

CARACA!!!
EXCELENTE!!!

Curti mto o poema! É a minha cara!

1[]!

Maria Morena Maia disse...

Ora, ora, ora...o que mais posso querer de uma noite dessas qualquer que uma garrafa de vinho, boa companhia e Aretha Franklin no som. Precisando de companhia, estamos aí. Até.

Anônimo disse...

Esses copos
corpos
cheios
de possibilidades
de poesia
e de múcio góes! :D

Bjus!

Anônimo disse...

Beberia teu poema inteiro, num só gole, se ele líquido fosse!! Adorei!!!

Anônimo disse...

E eu mais uma vez sem palavras, mestre.

:*

Leandro Jardim disse...

eu adoro
BOEMAS!
inda mais os do moço múcio

Anônimo disse...

a poesia às vezes se derrama...