Todo bêbado traz por dentro
o mesmo ofício de um poeta,
tem sua alma toda, repleta
de uma espécie de tormento.
Cada gota de álcool que entra,
é uma letra da frase que sai.
Nas mãos um tremor ostenta,
palavras o seguem aonde vai.
Todo poeta é um vouyer à espreita,
com sua alma por fora a flutuar.
Sempre em busca da forma perfeita,
noutras almas que vive a espreitar.
Essas almas, que os olhos exploram,
são ricos elementos à sua criação.
E mesmo quando formas extrapolam,
há nelas um rasgo de emoção.
Bêbado, entre letras e garrafas vazias,
tento encontrar o meu caminho.
E quem sabe, não tiro por esses dias,
uns bons versos duma garrafa de vinho.
terça-feira, agosto 15, 2006
in verso veritas
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10 comentários:
Contradição bem posta, é garrafa vazia numa grande poesia. Abraços
Bebedeiras transformadas pelas poesias maravilhosas que você escreve...
Amo vc...
Beijos de tudo!
:)
Passei por aqui! Deixando meu abraço com aplausos! Kk.
CARACA!!!
EXCELENTE!!!
Curti mto o poema! É a minha cara!
1[]!
Ora, ora, ora...o que mais posso querer de uma noite dessas qualquer que uma garrafa de vinho, boa companhia e Aretha Franklin no som. Precisando de companhia, estamos aí. Até.
Esses copos
corpos
cheios
de possibilidades
de poesia
e de múcio góes! :D
Bjus!
Beberia teu poema inteiro, num só gole, se ele líquido fosse!! Adorei!!!
E eu mais uma vez sem palavras, mestre.
:*
eu adoro
BOEMAS!
inda mais os do moço múcio
a poesia às vezes se derrama...
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