No chão do meu quarto
sapatos, meias, roupas sujas, sacolas
e papéis
Contas, várias contas
Contas pagas e a pagar
E também alguns rabiscos
Desenhos de idéias loucas
Esboços que só eu entendo
Rascunhos de um paraíso só meu
perdido em meio a toda bagunça
que há lá fora
e que eu trago praqui dentro
Sonhos
de um colorido que se esvai
na realidade cinza
Cartas escritas a ninguém
que na verdade é alguém
que nunca as lerá
pois nunca as enviarei
Gritos sufocados em tempo
de matar a vontade de gritar
e de não se fazer ouvir
Honestidade que sucumbe
perante a Hipocrisia
A verdade
escondida na sujeira
que vai pra baixo do tapete
Fico jogado em meu colchão
num canto do chão
do meu quarto
vendo a sujeira se amontoar
por cima de mim
Me sinto sujo e não me limpo
Preguiçoso que sou
Vivo num mundo cheio
de preguiçosos
sujos
hipócritas
- Ninguém vai vir limpar isso aqui, não?
Acho que tá na hora de fazer uma faxina
7 comentários:
Dessa vez não vou oferecer ajuda...
;)
:)
Monte de beijo pra você, queridinho...
Porque eu tenho medo de poeira-humana...
Hihihih
Kisses and kisses!
:))
Me vi aqui... Necessitando de uma faxina também! ;)
Adorei, Fejones!
há tanto cisco no além-porta...
belo poema-desabafo!
[]´s
Concordo plenamente, tava mais que na hora da faxina!
muito bom seu poema-soco! gosta dessas coisas!
abraços jardinários
Preciso fzr uma faxina
tbm na minha poesia
Coragem, hombre. Além da sujeira precisas ajustar o teu blog. Passo lá e tem uma mensagem estranha, vc viu? Até.
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