segunda-feira, fevereiro 19, 2007

verdade

Eu roubo verbos
Aprisiono
Em regime de cárcere privado.
Veto
Todas as possíveis rimas
E visito-o
Com frases lembranças.
Em seus murmúrios noturnos
Embalo minhas noites mal dormidas.

Aprisionamos-nos
Eu e ele
Nesse cárcere poético
Nessa rima vã...
Na melancolia branca
De uma poesia que nunca virá.

11 comentários:

Anônimo disse...

Lindíssimo poema...

Augusto Sapienza disse...

O pessoal daqui está numa fase "meta-poética" muito boa... Muito bom!

"Mas o que pede para poetizar
é sua essência!
Dê-a asas e talvez
no final de cortesia
o seu branco papel
torne-se uma poesia..."

Anônimo disse...

Perfeito.

Beijo,
Alice

Anônimo disse...

Eu não conhecia esse espaço e, vindo aqui, percebo o quanto perdi, o quanto de poesia deixei de sorver, o quanto não me embriaguei de palavras. É bom, muito bom estar aqui! Obrigada pela honra da visita ao Meu Porto.
Deixo beijos de segunda a segunda...

Míriam Monteiro - http://migram.blog.uol.com.br

Mário Margaride disse...

Belo poema, sem dúvida!

Parabéns!

Bj

Anônimo disse...

bonito e triste. dói um pouco.

Sandra Regina disse...

Adoro essa poética da metelinguagem..rs... fico perfeito e belíssimo!! beijossss

mg6es disse...

ver tinge,
vertigem,
ver, dura.

belo.

bjo.

J.F. de Souza disse...

Bem me disseram que a verdade doía...

Anônimo disse...

A poesia já veio...
mora aí, dentro de ti!
Bela!

Leandro Jardim disse...

entre duas pessoas
sempre haverá rima
ou alguma poesia
que a sublime
como os poemas da Aline!

;)

beiJardins