quinta-feira, setembro 10, 2009

QUERIA SER POESIA

Queria ser poesia.
Poesia, apenas.
Poeiras gramaticais,
Lamentos virgulares,
Um perfume de versos,
Uma grafia de estrelas,
Aquele ritmo distraído,
Poesia apenas.
Nada mais.

Queria ser verso
Saboreando papilas alheias,
Acariciando ouvidos,
Reverberando sensações,
Amaciando os sonhos
Todas as sílabas
E a cada letra.

Queria ser poesia.
Poesia, apenas.
Poesia de partidas, hais
Ou de chegadas
Assim, cais.
Poesia, apenas.
Nada demais.

Queria amanhecer rima
E me pôr nos teus braços:
Sol in verso.

Rayanne, diretamente do CONTRATEMPO.

4 comentários:

"Monica Mamede" disse...

[!]

Abraços,

Anônimo disse...

um primor!

=*

moacircaetano disse...

Você é poesia,
não sabia?
E essas rimas
que descem pelos seus ombros?
E esses olhos feitos de assombros,
surpresas
e mistificações?
E essas mãos interrogações?

Você é poesia,
eu sabia!

Anônimo disse...

maravilhoso!


bjos, estrelada.