A extensão do vazio.
O espaço erradio
entre meus olhos e o chão.
O vento frio, frio,
o movimento fugidio
das folhas ao meu redor...
e a vontade imperiosa
de retornar ao pó...
Metade dos pés
pra fora da fachada.
Metade do corpo
e quase toda a alma
à espera da decolagem.
Olho, olho, penso,
e me dou mais um dia.
Recuo, meio sem graça...
Olho a lua que nasce
e o sol que se retira.
Ainda não...
hoje não tive coragem...
Mas um dia esse asfalto
vai tatuar em sua pele
a minha imagem...
9 comentários:
Tão distante...
Quase uma pintura.
.
beijos
Uma delícia de ler...
Beijos!
:)
pois é...pois é...
reconheço esta imagem...
beijos enluarados (ela costuma dar vida)
aiii aiii
Como é duro ter que se decidir, estar numa encruzilhada, ter vontade de agir.
Pq minha vida é eternamente esse poema?
Caramba, forte!
e muito bom!
abraços
Intenso!
Belas palavras.
:*
E do alto eu vejo toda essa poesia...
Lindo, Moacir!
Beijo!
Cara... "tatuar em sua pele a minha imagem"... um primor!
belo.
[]´s
Lembro-me das vezes em que me fui pra beira do meu abismo particular...
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